Em ato do PSDB em Natal, Alckmin recebe novos prefeitos do RN

Notícias - 27/03/2017
Foto: SECOM/ Gov.de SP

Brasília (DF) – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), participou do ato de filiação de novos prefeitos ao PSDB, ocorrido neste sábado (25), em Natal (RN). Em entrevista ao jornal Tribuna do Norte, o tucano falou sobre a gravidade do cenário econômico brasileiro, a importância do evento para o partido e a ajuda do governo paulista em relação à transposição do Rio São Francisco, entre outros temas. No encontro, Alckmin comentou a situação dramática vivida pelo país com a recessão e a forte crise econômica.

“Nós chegamos ao fundo do poço. O mundo cresceu no passado mais de 2,2% do PIB mundial, os países em desenvolvimento mais de 4%, e o Brasil com PIB negativo, sem crescer por quatro anos”, disse.

Após ressaltar a capacidade do deputado federal Rogério Marinho (PSDB)RN) como uma liderança da região, o tucano comentou a relevância dos temas discutidos no encontro.

“Primeiro, quero cumprimentar o deputado federal Rogério Marinho, um dos melhores quadros do PSDB na Câmara dos Deputados e um dos parlamentares mais preparados e saudar o crescimento do partido no Rio Grande do Norte, que existe para servir e para trabalhar pela população. Também é importante discutir temas para que o país possa retomar a atividade econômica, gerar emprego, renda e acelerar as reformas, é isso que interessa para a população”, afirmou.

O governador destacou também a ajuda prestada pelo governo paulista ao Rio Grande do Norte com a doação de armamentos para a Polícia Militar do estado. Em relação à transposição das águas do São Francisco, o tucano lembrou que colaborou com a cessão de equipamentos e carretas da Sabesp para os eixos Leste e Norte. Em breve, também serão liberadas bombas para fazer com que a água chegue a Apodi e no rio Piranhas-Açu.

Em relação ao financiamento público de campanha, Alckmin afirmou que não seria razoável sem que antes seja feita a reforma política.

“Na última eleição já melhorou, mas há um princípio em Medicina, que diz: suprima a causa, que o efeito cessa. O que precisa é as campanhas serem baratas. Como é que a campanha fica barata? Tirando a marquetagem da televisão. Então não deve ter cena externa. Deve ter um microfone e uma mesa. Você expõe pontos de vistas, defende suas teses e torna a campanha barata. E voto distrital. Nos Estados Unidos, o voto é distrital, o mandato é de dois anos de deputado, ninguém reclama, nem o deputado e nem o eleitor, porque é uma campanha barata, no distrito”, explicou.

Sobre a criação de lista fechada para a eleição legislativa, o governador avaliou que, no atual momento político brasileiro, esse cenário seria uma “temeridade”. “Existe possibilidade de lista fechada quando se tem poucos partidos políticos, fidelidade partidária, quando se tem parlamentarismo. Acho que esse não é o momento para isso. Eu sempre defendi o voto distrital ou o voto distrital misto, mas com essa multiplicidade de partidos políticos no país, e com a fragilidade dos partidos hoje, muitos deles cartoriais, acho uma temeridade se fazer lista fechada”, apontou.

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27/03/2017