Em cima do muro em relação à Venezuela, governo do PT parece gostar de estar sempre do lado errado da história
A ditadura da Venezuela segue zombando da democracia e da comunidade internacional e o governo brasileiro ainda não tomou nenhuma atitude para ajudar a colocar um ponto final nos absurdos que o regime venezuelano segue realizando.
A eleição do último domingo foi realizada cercada de suspeições. Observadores internacionais foram impedidos de acompanhar o processo eleitoral. Opositores eram intimidados, alguns foram inclusive proibidos de concorrer. A imprensa foi censurada no período pré-eleitoral. Pesquisas independentes que traziam a potencial vitória da oposição foram proibidas de serem divulgadas.
Após a votação, os boletins de urna foram simplesmente escondidos para evitar a fiscalização dos resultados. E o presidente foi declarado reeleito sem nenhuma transparência ou possibilidade de auditoria do processo. A oposição anunciou que fez uma apuração paralela e que seu candidato obteve 73% dos votos.
Em resumo, há todos os motivos para suspeitar que o processo eleitoral na Venezuela tenha sido fraudado ou, ao menos, que a concorrência não tenha sido justa.
O mundo está dividido em relação à Venezuela. De um lado estão ditaduras como Cuba, Nicarágua, Síria e Irã reconhecendo o resultado sem questionamentos. Do outro lado estão praticamente toda a Europa, os Estados Unidos e boa parte da América do Sul, inclusive governos de esquerda, e a OEA (Organização dos Estados Americanos), que já anunciaram não reconhecer os resultados eleitorais e cobram medidas para garantir o respeito ao desejo manifestado pelos eleitores nas urnas.
O Brasil fica onde nessa história? O PT, amigo de ditaduras, já se manifestou em defesa do ditador Nicolás Maduro. E o governo do PT, pressionado pela comunidade internacional, resolveu ficar em cima do muro. O governo não apenas não adotou nenhuma medida mais drástica em relação ao escárnio promovido pelo regime venezuelano como enviou um assessor especial da Presidência para posar para fotos ao lado do ditador.
Pelo tamanho e pela importância política e econômica que o Brasil tem no mundo, notadamente na América Latina, era de se esperar que o governo brasileiro fosse mais rigoroso na defesa da democracia. Porém, está claro que, assim como seu amigo ditador da Venezuela, o governo brasileiro também não parece fazer muita força para que a democracia seja respeitada.
Os verdadeiros democratas brasileiros, como nós do PSDB, não podemos admitir que nosso país seja motivo de chacota internacional por permanecer sempre do lado errado da história.
Comissão Executiva Nacional do PSDB