Em crise após o “petrolão”, Petrobras vende primeiro bloco de exploração do pré-sal
A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (29) a venda do seu primeiro bloco de exploração de pré-sal. Após o desmonte promovido na estatal pelo esquema de corrupção conduzido por integrantes do PT, o Conselho de Administração da empresa aprovou a venda de sua participação no bloco exploratório da Bacia marítima de Santos para a empresa norueguesa Statoil Brasil Óleo e Gás.
A primeira área de pré-sal a ser vendida vai render à Petrobras um total de US$ 2,5 bilhões, o que equivale a mais de R$8 bilhões. A negociação foi motivada pelos elevados investimentos que o bloco demandaria até a entrada em produção, prevista para depois de 2020.
O negócio faz parte do novo Plano de Parcerias e Desinvestimentos que vem sendo implantado pela Petrobras, mas sua conclusão ainda depende de algumas condições, como a aprovação pelos órgãos competentes.
O deputado federal Max Filho (PSDB-ES) lamenta o fato de a estatal ter que adotar esse plano de desinvestimento por causa dos prejuízos causados pela corrupção arquitetada ao longo de 13 anos de governos petistas do ex-presidente Lula e da presidente afastada Dilma Rousseff.
Max Filho ainda defendeu a votação urgente, pelo Plenário da Câmara, do Projeto de Lei número 4.567/2016, que autoriza a Petrobras a abrir mão da exploração de poços de petróleo que não sejam de seu interesse. O parlamentar, que foi vice-presidente da comissão especial da Câmara que analisou a proposta, explica a sua importância para a recuperação da estatal.
“O petróleo continua sendo monopólio da União. [O projeto] Tão somente retira a obrigação da Petrobras de estar em todos os poços do pré-sal, mesmo aqueles que não interessarem a empresa, mas mantém com ela a preferência. Ou seja, a União antes de fazer qualquer licitação dos blocos do pré-sal, consulta a Petrobras para saber se ela tem interesse em participar da exploração daquele bloco. Na verdade, retira a empresa da forca. Dá oxigênio, um gás à empresa para que possa se recuperar.”
