Em debate, Marchezan afirma que a prefeitura existe para servir à população de Porto Alegre, não aos partidos
A noite de quinta-feira (8) foi marcada pelo primeiro debate televisivo dos candidatos à prefeitura de Porto Alegre. Transmitido pela TV Band, o debate teve início às 22:30 e foi mediado pelo jornalista Oziris Marins. Ao lado de quatro concorrentes, Nelson Marchezan Júnior apresentou suas propostas para trazer um novo tempo de prosperidade à capital gaúcha e apontou problemas que a cidade enfrenta atualmente.
O candidato da coligação Porto Alegre Pra Frente (PSDB-PP-PMB-PTC) apresentou-se como o único capaz de fazer com que a capital gaúcha não repita o passado nem o presente, construindo um novo tempo em que a prefeitura não se omita na segurança, em que as crianças realmente aprendam e que a saúde esteja a serviço do cidadão. Questionado por Renato Martins, diretor de jornalismo do Grupo Bandeirantes, sobre o aumento da população de rua, Marchezan afirmou que a resposta para esse problema passa pela análise das razões pelas quais essas pessoas estão nas ruas e pela criação de novos empregos. Para isso, é necessário que a prefeitura seja desburocratizada, atraindo empresas que vão gerar esses novos postos de trabalho, oferecendo dignidade para a população.
No segundo bloco, o candidato respondeu a um questionamento feito por um telespectador, que indagou o que o prefeito pode fazer pela educação em Porto Alegre. Marchezan destacou a importância do desenvolvimento das crianças em seus primeiros anos de vida e afirmou ser imprescindível que a prefeitura ofereça igualdade de condições para os pequenos porto-alegrenses. O candidato citou ainda o ranking do Índice de Educação do Ensino Básico (Ideb), cujo resultado foi divulgado na quinta-feira, colocando a educação de Porto Alegre abaixo das metas projetadas. Marchezan propôs mecanismos que promovam a transparência nessa questão, dialogando com os professores e realizando avaliações periódicas. “Não adianta chegar no final do semestre ou do ano e perceber que nossas crianças não aprenderam o que deveriam aprender.”
O terceiro segmento do debate contou com perguntas entre os candidatos. Questionado por Maurício Dziedricki sobre como estimular o empreendedorismo em Porto Alegre, Marchezan reforçou a necessidade de desburocratizar a prefeitura para que as empresas não fujam da capital gaúcha, gerando mais empregos. O candidato mencionou como entraves o prazo de mais de 460 dias que um novo empreendimento leva para ser regularizado em Porto Alegre, além das mais de 8 mil normas necessárias à construção de um edifício. “Os partidos estão na frente do interesse público, e isso tem que mudar”, afirmou Marchezan. Na sua vez de questionar um concorrente, Marchezan indagou Raul Pont sobre a presença de Dilma Rousseff na campanha do petista, citando seu voto pelo impeachment da ex-presidente, o insucesso do governo dela e os escândalos de corrupção nos quais o PT está envolvido. “Como o senhor vai trazer para o seu programa o governo mais corrupto da história do Brasil? Eu não tenho corrupto de estimação”, enfatizou Marchezan.
Também com perguntas entre os concorrentes, o quarto bloco teve Marchezan questionando Sebastião Melo, candidato da situação, sobre o grande número de obras inacabadas no município, especialmente aquelas que deveriam ser concluídas antes da Copa de 2014. “Faltou atitude para concluir as obras, está faltando recursos ou faltou atitude está faltando recursos também?” O candidato da coligação Porto Alegre Pra Frente (PSDB-PP-PMB-PTC) afirmou que, como prefeito, não vai iniciar obras sem recursos e data para finalização, e emendou: “Como estão as finanças do município? Está quebrada a prefeitura de Porto Alegre?”. Melo, atual vice-prefeito, esquivou-se da pergunta e não esclareceu qual é a situação financeira do município.
Marchezan aproveitou o último bloco e suas considerações finais para reforçar o fato de que Melo não respondeu ao seu questionamento a respeito das finanças públicas de Porto Alegre e afirmou que sua gestão trará transparência absoluta, falando a verdade e dividindo os problemas e as soluções com a sociedade. O candidato afirmou que não há fórmula mágica para atender as necessidades da população: se existem experiências bem sucedidas em outras cidades, elas devem ser copiadas. Tudo que for de interesse das pessoas, e não de partidos, sindicatos e corporações, deve ser reproduzido. “O foco da educação é o aluno, o foco da saúde é o paciente, o foco da segurança somos todos nós”, concluiu Marchezan.
*Da assessoria de Nelson Marchezan