Em delação, ex-diretor da Sete Brasil confirma propinas para o PT e Renato Duque

Imprensa - 20/07/2016

joao carlos ferraz sete brasil MC-Petrobras-20150616-7Brasília (DF) – O ex-diretor presidente da Sete Brasil, João Carlos Ferraz, confirmou nesta terça-feira (19), em depoimento ao juiz federal Sergio Moro, em Curitiba, que dividia a propina cobrada de estaleiros contratados pela empresa com o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, com o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, e com os ex-diretores da Sete Brasil Pedro Barusco e Eduardo Musa.

As informações são de reportagem publicada nesta quarta (20) pelo jornal Valor Econômico.

Segundo o delator e réu na Operação Lava Jato, a propina total correspondia a 0,9% dos contratos firmados pela Sete Brasil com estaleiros como Jurong, Keppel Fels e Atlântico Sul. Dois terços desse dinheiro eram destinados ao PT, pagos via Vaccari. O restante era dividido entre o que eles chamavam de “Casa 1” – a diretoria da Petrobras, via Renato Duque – e “Casa 2” – Ferraz, Barusco e Musa.

As informações da delação de Ferraz coincidem com os depoimentos dados por Pedro Barusco e Eduardo Musa. De acordo com os cálculos do ex-diretor da Sete Brasil, que trabalhou na empresa de 2011 a 2014, ele teria recebido entre US$ 1 milhão e US$ 2 milhões do esquema em um banco da Suíça, depositados por um representante do estaleiro Jurong.

O delator disse ainda que, durante um jantar com Barusco, Vaccari e Duque, foi pressionado a implementar um esquema semelhante de recolhimento de propina das empresas parceiras da Sete Brasil na operação de sondas. Ele teria recusado o pedido.

Leia AQUI a íntegra da reportagem do jornal Valor Econômico.

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20/07/2016