Em fase de recuperação, estatais brasileiras registram lucro de R$ 10 bi no primeiro trimestre

Notícias - 09/06/2017

As principais estatais brasileiras, que até o ano passado sofreram​ prejuízos significativos, hoje assistem ao lucro crescer quase 2.000% em apenas um trimestre. Só nos três primeiros meses do ano, as empresas públicas de grande porte registaram lucro de R$ 10,48 bilhões, ante o ganho líquido de R$ 500 milhões apresentado em 2016 em igual período. O resultado corresponde aos grupos Petrobras, Eletrobras, Banco do Brasil, BNDES e Caixa Econômica. Esses conglomerados respondem por 95% do patrimônio líquido e dos ativos das 154 estatais existentes no país. O deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) observa que os resultados respondem às novas direções e modelos de gestão nas estatais. O tucano lembra que o pontapé inicial dessa mudança foi dado pelo PSDB, por meio da Lei de Responsabilidade das Estatais, de autoria do senador e presidente do partido, Tasso Jereissati (CE).

“São reflexos diretos da nova gestão das estatais. Quando o PSDB, por meio do senador Tasso Jereissati, elaborou um projeto para normatizar todas as questões de nomeação de diretores das nossas estatais, foi nessa visão de, efetivamente, designar pessoas do quadro com conhecimento técnico para tocar a recuperação das estatais e fazer com que gerem riqueza para o país e credibilidade nos investimentos internacionais”, declarou.

Diferentemente dos resultados observados hoje, o cenário visto há dois anos nessas empresas era preocupante. Um dos exemplos mais notáveis é o da Petrobras, que registrou, em 2015, prejuízo de mais de R$ 35 bilhões de reais. No ano passado, a perda registrada no primeiro trimestre foi de R$ 381 milhões. Hoje, sob nova direção e com os planos de desinvestimento em prática, a estatal já gerou R$ 4,8 bilhões de lucro só no primeiro trimestre. Para consolidar os bons resultados, Gomes de Matos, reforça que é preciso pensar em ações a longo prazo para a economia, e abandonar as práticas ruins de governos passados.

“O que é necessário ser feito é, junto com o ministro Meirelles, da Fazenda, e Dyogo, do Planejamento, elaborar um planejamento de médio e longo prazo, deixar de improvisar. O que nós observamos é que, na maior parte dos governos Dilma e Lula, as ações eram assistencialistas, mas improvisadas, sem ter estudo dos reflexos no aspecto econômico em médio e longo prazo”, apontou.

A Eletrobras também tem deixado para trás os tempos de crise. De um prejuízo de R$ 3,8 bilhões, o resultado da empresa saltou para um lucro líquido de R$ 1,3 bilhão.

X
09/06/2017