Em Jundiaí, prefeito tucano implanta modelo de gestão para driblar crise

Notícias - 15/03/2017
#pracegover: foto de perfil do prefeito de Jundiaí (SP), Luiz Fernando Machado (PSDB)prefeito de Jundiaí (SP), Luiz Fernando Machado (PSDB)

Eleito no segundo turno na disputa municipal de 2016 com 58,58% dos votos, o prefeito de Jundiaí (SP), Luiz Fernando Machado (PSDB), tem como principal meta de seu mandato colocar a cidade nos “trilhos” novamente após receber como “herança” dívidas e problemas financeiros e administrativos do município. O tucano afirma que, após implantar uma profunda reforma administrativa, Jundiaí terá uma economia anual de R$ 11 milhões – com reflexos diretos nos serviços oferecidos à população.

Em entrevista exclusiva ao PSDB nacional, o tucano fala sobre a restruturação administrativa para driblar a crise que atinge todo o país, as principais ações já efetuadas nesse primeiro bimestre de mandato e os desafios em sua gestão até 2020.

Como o senhor encontrou a prefeitura de Jundiaí?

Encontrei numa situação muito fragilizada sob o aspecto financeiro e administrativo, como, por exemplo, a ordem cronológica de pagamento de fornecedores absolutamente desrespeitada. Ou seja, uma circunstância de absoluta desorganização administrativa-financeira.

Com a crise econômica generalizada, os governantes têm buscado alternativas para gerar economia e, ao mesmo tempo, manter os serviços prestados aos cidadãos. Como foi a reforma administrativa e como ela se encaixa nisso?

O Movimento Brasil Competitivo e técnicos do meu governo fizeram um novo modelo de gestão que economizará, anualmente, R$ 11 milhões com a máquina pública de Jundiaí. Denominado como modelo de gestão por plataforma de serviços, mantemos 16 unidades de entrega e sete plataformas de serviços. Isso contando com a redução de secretarias (passando de 21 para 18) e cargos comissionados (antes 453 e agora 324). Com essas mudanças, procuramos priorizar os investimentos na prestação de serviços aos cidadãos, especialmente, na saúde.

O senhor acredita que a reforma administrativa conduzida no município pode ser replicada em outras partes do país, por gestões que também buscam o equilíbrio fiscal?

Não tenho dúvida de que esse modelo de plataforma de serviços aplicado em Jundiaí possa ser usado também em outros municípios brasileiros. Porque ele prevê a racionalidade do uso do recurso público e a intersetorialidade entre os órgãos da administração pública. Então, é um modelo de gestão que é econômico e dá a oportunidade de todas as secretarias trabalharem integradas.

As gestões do PSDB em todo o Brasil têm recorrido a saídas criativas para contornar a crise deixada pelos governos petistas. Como avalia a atuação do partido no estado de São Paulo e em todo o Brasil?

O PSDB é um partido que tem como característica a formação de bons quadros administrativos e tem como ponto fundamental de sua atuação a responsabilidade fiscal. Então, não tenho dúvidas que, para a sociedade brasileira, o partido político que tem efetiva capacidade de oferecer o maior número de pessoas capacitadas para o serviço público é o PSDB. Felizmente, os bons quadros políticos do país também se formam em nosso partido: um celeiro de grandes técnicos para enfrentar os desafios do país.

Na sua proposta de campanha, o senhor disse que teve a preocupação de apresentar, com a participação do povo de Jundiaí, uma proposta factível e elencou as áreas da saúde, segurança e mobilidade urbana e manutenção dos empregos como prioridade. O que já foi possível tirar do papel?

Estamos realizando aqui na cidade um programa chamado “Saúde em dia”, uma espécie de mutirão que vai tirar muitas pessoas das filas de consulta, de exames e de serviços especializados. Somente na Ortopedia, por exemplo, tinham 4.724 pessoas aguardando atendimento e nos próximos 30 dias toda essa fila será eliminada. Tínhamos aqui cerca de 2.700 crianças no início de janeiro, em uma fila deixada pela gestão passada, para creches. Já viabilizamos 1.400 vagas e as outras 1.300 que faltam serão superadas nos próximos anos em nossa gestão. Fizemos um programa de manutenção de córregos, rios e galerias pluviais exatamente para evitar as enchentes que assolam o estado de São Paulo nesta época. Na segurança pública, eu retomei o programa “Anjos da Guarda”, que prevê uma viatura na porta das escolas da rede municipal, na entrada e na saída das aulas das crianças. Então, são iniciativas que naturalmente já tiram do papel aquelas que eram nossas propostas de campanha em 2016.

Quais serão suas metas daqui pra frente na gestão?

Não permitir que as filas da saúde retornem, portanto, o mutirão só tem uma serventia caso ele não seja necessário novamente. Não quero que as pessoas aqui da cidade fiquem aguardando meses para uma consulta. Outro objetivo é fazer um grande investimento em uma nova represa aqui em Jundiaí, que é uma cidade diferenciada no aspecto de saneamento e água. Já temos uma represa que tem cerca de 8,5 bilhões de água acumulados e a construção de uma nova [represa] vai garantir o abastecimento de água para o município. Além disso, são os investimentos na habitação. O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB-PE), já me recebeu duas vezes para tratar de investimentos habitacionais aqui, principalmente, do programa Minha Casa Minha Vida com até três salários mínimos. Enfim, essas são minhas metas, um modelo de plataforma funcional para servir os cidadãos.

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15/03/2017