Em quatro anos de governo do PT, número de brasileiros desempregados e subutilizados cresceu 53%

A quantidade de brasileiros desempregados e subutilizados foi crescente entre 2012 e 2016. Nesse período, o grupo de pessoas sem trabalho e que procuravam emprego há pelo menos dois anos cresceu 53%. Só no ano passado, 20% dos mais de 12 milhões de desempregados se encontravam nessa situação, em busca de trabalho por um longo período. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (23).
Eles também mostram a dimensão da força de trabalho subutilizada no Brasil. Mais de 22 bilhões de brasileiros na força de trabalho potencial, ou seja, sem trabalho, mas disponíveis para trabalhar, estavam sem ocupação. Esse grupo também inclui pessoas que não estavam em busca de emprego ou subocupadas – que trabalham menos de 40 horas por semana e gostariam de trabalhar mais.
Para o deputado federal Fábio Sousa (PSDB-GO), essas estatísticas são a prova de que o governo Dilma Rousseff deixou de herança os maiores índices de desemprego identificados nos últimos anos.
“Isso é uma estatística que comprova o que a gente já sabia, o quão catastrófica foi a política econômica do último governo, que refletiu no subemprego, em trabalhos não assinados, no altíssimo desemprego e também na nossa maior crise econômica da histórica”, afirmou o tucano.
Em outro detalhamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), o IBGE mostra que a desocupação entre pardos e pretos é ainda mais grave, maior que a média nacional. As taxas de desemprego nesses grupos ficaram em 14% e 14,4%, respectivamente, enquanto a média entre os brancos chegou a 9,5%. Fabio Sousa reconhece a dificuldade de inserção no mercado de trabalho para pardos e negros, e vê como solução universal para o problema a aplicação das reformas sugeridas pelo governo, que incluem mudanças na educação, leis trabalhistas, nos impostos e em outros eixos capazes de mudar a situação do país.
“O Brasil precisa de reformas. São importantes para dar um upgrade na nossa economia. Não só a reforma da previdência, mas a tributária e a trabalhista são reformas importantíssimas para o Brasil sair do atoleiro que se meteu.”
Entre os estados, a Bahia foi o que registrou a maior taxa de desemprego em 2016, com média de 16%, enquanto o país fechou o ano com a taxa em 11,5%.