Em sabatina, Ana Amélia defende manutenção do Bolsa Família
Candidata a vice-presidente da República na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB), a senadora Ana Amélia defendeu nesta quarta-feira (26) a manutenção do Bolsa Família caso seja eleita. Em sabatina realizada pelo portal Metrópoles, a senadora falou sobre diversos temas e reforçou seu compromisso de fazer um controle correto e assegurar o benefício aos brasileiros que verdadeiramente necessitam.
“É um programa indispensável. Sou defensora da manutenção do Bolsa Família e que o beneficiado não perca o benefício quando conseguir emprego porque isso será um estímulo a ele para o seu aperfeiçoamento. É preciso passar um pente fino para ver quem está recebendo. É muito importante ter um controle social porque tem muita gente que precisa e não recebe e outras pessoas que não precisam estão recebendo. É uma responsabilidade do Estado”, afirmou
A candidata alertou os brasileiros para o uso eleitoreiro do programa durante o pleito deste ano. “O que é preciso é não usar o Bolsa Família do ponto de vista do interesse político para obter votos, comprar o eleitor ou botar o benefício para pessoas que não precisam. Isso é um crime que se faz com dinheiro escasso”, declarou.
Ana Amélia também destacou que, caso eleita, sua chapa terá total respeito às demandas das minorias e não irá tolerar nenhum tipo de radicalismo.
“Alckmin tem o perfil de respeito às diferenças raciais, ideológicas, partidárias, de gênero e religiosas. A sociedade brasileira é muito complexa e não adianta querer impor a vontade de grupos sobre a maioria. Nosso governo jamais será de radicalização com qualquer tipo de movimento. Será sempre com respeito às minorias. Foi assim com tudo que foi feito em SP e assim será também chegando à Presidência”, disse.
Saúde
Na entrevista, a senadora também reforçou seu compromisso de garantir a ampliação do acesso à saúde no país.
“Precisamos urgentemente fazer essa incursão usando a criatividade para resolver. Não é aceitável que uma pessoa demore seis meses para conseguir um exame de média complexidade. Emenda parlamentar não é necessariamente um instrumento clientelista. Quando bem usado é um recurso importante. Desde que cheguei R$ 150 milhões foram para os hospitais filantrópicos e santas casas”, apontou.
Reforma da previdência
Questionada sobre a reforma da previdência, a candidata afirmou que defende a implementação dessa proposta assim que o novo governo assumir.
“Essa reforma só pode ser feita pelo novo Congresso que vai sair das urnas eleito agora em outubro. Não pode ser antecipado para votar agora, como também não pode votar essa proposta que o governo Temer encaminhou para limitar salários no ingresso do setor público e também cortar uma série de carreiras. O novo governo tem que fazer isso logo que assumir porque se esperar mais um ano não conseguirá fazê-lo”, destacou.
Reportagem Clarissa Lemgruber