Em sabatina, Pérsio Arida defende reforma do Estado e fim do déficit público

Notícias - 21/09/2018
Foto: Divulgação

Pérsio Arida, coordenador do plano econômico do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, afirmou, em sabatina promovida pelo jornal Estadão e FGV (Fundação Getúlio Vargas) nesta sexta-feira (21) que o país vive hoje um momento extremamente grave, resultante de políticas econômicas equivocadas adotadas pelos governos petistas de Lula e Dilma Rousseff. O economista e doutor pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology) explicou que um eventual governo Alckmin terá três premissas como principais metas para fazer a economia do país decolar: zerar o déficit fiscal, promover a reforma do Estado e a modernização da agenda econômica.

“Esta eleição vai definir se o Brasil crescerá 4% ou -2% no ano que vem. A economia funciona muito conforme as sinalizações e precisamos dar as sinalizações corretas”, salientou Arida.

O economista destacou que o Brasil está no sexto ano consecutivo de déficit fiscal e que o plano de Geraldo Alckmin é zerar esse déficit público em dois anos.

“Queremos zerar o déficit em dois anos, pois várias das mudanças constitucionais que precisarão ser feitas em 2019 só produzirão efeito em 2020. Acho que dá para zerar o déficit público e ir além, gerar um superávit fiscal de 2% a 2,5% no último ano do governo”, adiantou.

Pérsio Arida falou também sobre a reforma do Estado. O economista contou que o plano vai além do corte de gastos, que envolve a redução de ministérios. Ele frisou que é preciso criar segurança jurídica para que as atividades sejam fiscalizadas com isenção e defendeu o fim de indicações políticas para agências reguladoras.

“Temos que criar marcos jurídicos adequados. Em todas as atividades de infraestrutura, é preciso de marco regulatório adequado, assim como um programa de desburocratização. Agências reguladoras são peças críticas e infelizmente foram politizadas”, disse.

O coordenador da área econômica do plano de governo de Alckmin criticou as decisões políticas baseadas em interesses corporativistas.

“Precisamos ter um presidente com interesse no bem de um todo e não de corporações.”, defendeu Arida.

Pérsio também criticou o plano do adversário de Geraldo Alckmin nas urnas, Jair Bolsonaro, de recriar a CPMF. “Sou filosoficamente contra. Se fosse bom, o resto do mundo já teria feito.”

A criação do cadastro positivo também foi outra medida defendida por Pérsio Arida. Ele explicou que o cadastro positivo permite a redução de juros na hora de abertura de crédito para o consumidor.

Sobre comércio exterior, o economista afirmou que os principais focos de Alckmin serão acordos com a União Europeia, Transpacífico e, possivelmente, Estados Unidos.

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21/09/2018