Em sinal de recuperação da economia, indústria brasileira volta a crescer em setembro
“Essa retomada é a certeza de que o caminho que está sendo tomado está dando resultado”, afirma Caio Narcio
A produção da indústria brasileira voltou a crescer em setembro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Aumentou a demanda de alimentos, indústria extrativa e de veículos. Na comparação com agosto, a produção do setor subiu 0,5%. Apesar de a alta ser leve, o resultado é considerado um avanço, pois a área sofreu duas quedas seguidas depois da crise econômica imposta ao país pelo governo Dilma Rousseff.
O deputado federal Caio Narcio (PSDB-MG) destaca que a indústria é um dos setores que mais tem dificuldade para se reerguer diante da crise econômica. No entanto, afirma que a queda de juros ajuda a indústria a tomar um fôlego.
“Eu acredito que o setor mais complexo da economia é a indústria. Demora para reaquecer, para reorganizar, para contratar equipamentos, colocar a mão de obra para funcionar. Acho essa sinalização fundamental para o ciclo que estamos vendo acontecer no país. Quer dizer: a redução do combustível, a redução dos juros, a redução da inflação. Tudo isso, gera um ambiente para que a economia volte a crescer.”
Os resultados foram ligeiramente melhores do que as expectativas de alta de 0,4% na base mensal. Caio Narcio ainda ressalta a importância do setor para a recuperação da economia brasileira.
“Ver a indústria participando desse pacote, é quase a consolidação de um ciclo fundamental para um país em movimento, que não pode viver só de consumo. Essa retomada é a certeza de que o caminho que está sendo tomado está dando resultado. E tudo isso vai fazendo uma rede que volta dar otimismo no brasileiro. Segurança nos investidores. É a sinalização clara de que o país está, mesmo diante de tantas dificuldades, reencontrando-se com o caminho do desenvolvimento.”
Para o Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa é de retração de 3,30% em 2016 e crescimento de 1,21% em 2017. Outra pesquisa também divulgada esta semana pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que as horas trabalhadas na produção registraram aumento de 1% em setembro, na comparação com agosto. Essa foi a primeira alta do indicador em quatro meses.