Em tempos de crise, cresce número de empreendedores individuais

Imprensa - 12/12/2016

2012-04-12-varejo-comercio-inadinplenciaGEm meio a uma taxa de 12 milhões de desempregados em todo o Brasil, a população vem investindo no próprio negócio para sobreviver. O número de microempreendedores e pessoas no mercado informal de trabalho saltou nos últimos dois anos. Em 2014, cerca de 29% dos novos empreendedores do país declararam em pesquisa da Serasa que abriram o negócio por dificuldades financeiras. Já em 2015, o percentual subiu para 44%, e no período de janeiro até agosto deste ano, as microempresas individuais registraram crescimento de 7,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) avalia a gravidade da recessão econômica e ressalta o empreendedorismo do povo brasileiro.

“Nós somos conhecedores do atual quadro econômico do país em questão do desemprego, justamente tudo que foi provocado pelo governo do PT, do desequilíbrio dos recursos na área econômica. É importante se ter toda essa necessidade de se dar oportunidade, se oportunizar essas questões em virtude de observar essa criatividade faz com que a gente possa ter capacidade de vencer os obstáculos. Nas crises que se surgem as novas ideias, na crise é que surgem efetivamente essas novas visões de fortalecermos essas ações”, declarou o tucano.

Lygia Benevides tem 25 anos e perdeu o emprego como monitora infantil em uma creche do Distrito Federal há quase 1 ano. Sem conseguir um novo ofício, ela começou a vender pães de queijo pela internet, divulgando no Facebook. Apesar do dinheiro que vem ganhando com as vendas, ela conta que ainda sonha em voltar ao mercado formal de trabalho.

“Eu trabalhava como monitora infantil em creche. Como eu tenho dois filhos pequenos – e que dependem praticamente exclusivamente de mim, aí eu tive a ideia. Minha mãe me deu a ideia de fazer pão de queijo. Aí eu passei a vender o pão de queijo. Eu pretendo achar um emprego formal e ao mesmo tempo continuar vendendo. Não dá pra passar o mês todo. Tem semanas que eu vendo bastante, tem semana que eu não vendo nada”, destacou Lygia.

No trimestre encerrado em outubro, o desemprego ficou na taxa de 11,8%. A crise no mercado de trabalho pode caminhar para o terceiro ano seguido com uma expectativa de recuperação ainda mais lenta medida pela Fundação Getúlio Vargas. O Indicador Antecedente de Emprego, subiu apenas 0,2 ponto em novembro sem conseguir compensar a queda de 0,8 ponto adquirida no mês anterior.

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12/12/2016