Empreiteira denuncia cartel em Belo Monte, obra dos governos Lula e Dilma

Notícia é mais uma comprovação de que o PT institucionalizou o crime dentro do governo, em conluio também com a organização de “cartéis criminosos”

Imprensa - 17/11/2016

Dilma e Lula em coletiva no Planalto FOTO Wilson Dias ABrBrasília (DF) – O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) anunciou nesta quarta-feira (16) que fechou acordo de leniência com a Andrade Gutierrez, executivos e ex-executivos da empreiteira, no qual eles admitem a participação em um cartel para o leilão e as obras de construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Com a colaboração, a superintendência-geral do Cade instaurou inquérito administrativo específico para apurar o esquema na usina, usada pelo PT como principal bandeira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo desta quinta (17), o Cade destacou que, além de admitir envolvimento no episódio, a Andrade Gutierrez apontou a participação, no cartel, das empreiteiras Camargo Corrêa e Odebrecht e pelo menos seis executivos e ex-executivos dessas empresas.

A denúncia aponta que as negociações entre elas teriam começado em julho de 2009, ainda no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a divisão dos consórcios que disputariam o leilão de Belo Monte, que aconteceu em 2010.

Para o deputado federal Domingos Sávio (PSDB-MG), a notícia é mais uma comprovação de que o PT institucionalizou o crime dentro do governo federal, em conluio também com a organização de “cartéis criminosos”.

“O PT considerou Belo Monte um modelo porque para eles a organização criminosa era o que eles aspiraram e procuraram implantar no Brasil. Belo Monte não só se mostrou um equívoco do ponto de vista ambiental, mas especialmente se mostra uma verdadeira tragédia do ponto de vista econômico, sendo, portanto, um instrumento de roubo de bilhões de reais dos cofres públicos”, explicou.

Segundo a reportagem, em julho de 2009, já com a decisão de construir Belo Monte, as três empreiteiras receberam do governo Lula a ordem para que se dividissem. O trio acatou a determinação, mas seguiu trocando informações sobre a proposta que seria feita na licitação. Eles acertaram ainda que, independentemente de quem ganhasse a concessão, todas participariam da construção.

Na avaliação do tucano, o episódio na hidrelétrica foi apenas mais um exemplo do governo petista, que levou o país à crise econômica atual. “O mais triste é ver os mais de 12 milhões de desempregados, milhões de servidores públicos que não conseguem receber seus salários em dia, uma economia que há poucos anos era considerada uma das mais promissoras do mundo e está hoje nesse processo terrível de desesperança, de desemprego, de queda de arrecadação. O PT fez toda essa lambança e hoje sai por aí se dizendo vítima de um golpe. Golpe foi o que eles fizeram com o Brasil e nós não podemos esquecer isso”, afirmou.

O parlamentar destacou ainda a importância de medidas mais duras de combate à corrupção para resgatar a confiança nas instituições brasileiras. “Precisamos estabelecer novas regras, por isso vamos votar uma lei dura contra a corrupção, não só 10 medidas, como o Ministério Público propôs, mas todas que forem necessárias para endurecer contra a corrupção. É isso que precisamos fazer: trabalhar muito para virar essa página, mas não podemos esquecer”, concluiu.

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17/11/2016