Empresário confirma que reforma em sítio de Atibaia foi para receber acervo presidencial de Lula

Imprensa - 19/08/2016

LM_Juventude_Foto_Lula_Marques_20112015_0012Em depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (18), o empresário Fernando Bittar, proprietário oficial do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP),  afirmou que a reforma do local em que o ex-presidente Lula é investigado foi feita “em razão da necessidade de recepção do acervo presidencial do então presidente da República”. Bittar  foi ouvido em São Paulo pelo delegado Márcio Adriano Anselmo. Em depoimento, o empresário disse que as obras “foram realizadas diretamente” por ele, com “obras de segurança e “instalação do circuito fechado de TV”, numa estratégia para tentar blindar o ex-presidente.

O deputado federal Rocha (PSDB-AC), autor do requerimento que colocou Lula nas investigações da Operação Lava Jato, aponta que esse é mais um indício incontestável da relação do petista com a propriedade – que ele nega ser de sua família.

“Eu acho que se confirma tudo aquilo que se ventilava pela imprensa, pelos corredores do Congresso.  E cada vez vão ficando mais consistentes essas informações de que, de fato, o Lula é o proprietário do sítio, e de fato ele é o proprietário do tríplex no Guarujá, e que essas relações, elas têm origens nos recursos desviados da Petrobras, dos recursos desviados dos fundos de pensão, nos recursos desviados do governo federal.”

 O deputado Rocha cobra mais celeridade na apuração do caso, para punição dos envolvidos. “Eu acredito que  a Polícia Federal e o Ministério Público Federal já têm os indícios mais que necessários, até mesmo para a decretação de uma possível prisão do ex-presidente Lula, e até estendendo essa prisão aos membros da família. Ninguém nunca entendeu, eu pelo menos não entendi, porque até agora essa prisão do Lula não saiu.”

O empresário Fernando Bittar é sócio de Fabio Luís Lula da Silva, o Lulinha, e dono oficial da propriedade rural que a Lava Jato investiga se pertence a Lula. Além da suposta ocultação patrimonial, a força-tarefa e delegados federais apontam que reformas realizadas em 2011 e 2014, no imóvel, tenham sido realizadas pelas empreiteiras Odebrecht e OAS, que ocultaram propinas do esquema Petrobras.

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19/08/2016