Esquema no Planejamento bancou eleições de Gleisi ao Senado
O esquema de fraudes instalado no Ministério do Planejamento, que resultou na prisão preventiva do ex-ministro da pasta, Paulo Bernardo, também bancou a campanha de sua esposa, a petista Gleisi Hoffmann (PT-PR), ao Senado Federal, em 2010. As informações constam em planilhas obtidas pela Polícia Federal no computador do advogado Guilherme Gonçalves, divulgadas pelo site O Antagonista nesta sexta-feira (1).
As evidências são de que parte da propina transferida da empresa Consist para o escritório do advogado era repassada mensalmente ao “eleitoral”, referindo-se às despesas eleitorais de Gleisi. Segundo os investigadores, o esquema teve início em 2010, durante o governo da presidente afastada Dilma Rousseff. Cerca de R$ 100 milhões arrecadados ilegalmente pagaram as propinas que mantiveram as fraudes.
O esquema, desvendado pela Operação Custo Brasil, apurou que o grupo Consist superfaturava o valor cobrado mensalmente de servidores que faziam empréstimos consignados. O excedente era repassado para o PT, o ex-ministro Paulo Bernardo e outros servidores e operadores envolvidos no acordo. Segundo a Polícia, a campanha de Gleisi pode ter recebido até 20% da propina destinada a Guilherme Gonçalves.
O deputado federal Paulo Martins (PSDB-PR) diz que é evidente o uso ilícito da máquina pública pelos petistas em benefícios privados. “Começou pequeno e depois cresceu muito quando eles estiveram no Ministério e assaltaram o trabalhador diretamente, pegando dinheiro direto das pessoas. É uma gente sem caráter, sem pudor nenhum em colocar a mão em dinheiro público para financiar projeto de poder”
Para Paulo Martins, o envolvimento da petista pode resultar na perda do seu mandato no Senado.
“Usaram uma estrutura privada, intermediando um conduto de lavagem de dinheiro que irrigava campanhas e pagava as despesas pessoais do casal. Esse é o PT. Não me surpreende em nenhum momento que eles tenham feito esse tipo de coisa. Aliás, é muito bom para o Brasil que essa organização criminosa seja desmascarada. Se comprovado o envolvimento da Gleisi como beneficiária desse esquema de corrupção, ela tem que ser cassada, não tem que estar mais no Congresso Nacional.”
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