Estados Unidos impõem sanções a Maduro

Notícias - 01/08/2017
Foto: Governo da Venezuela

Brasília (DF) – Em resposta a eleição de uma Assembleia Constituinte na Venezuela, o governo dos Estados Unidos afirmou, nesta segunda-feira (31), que o país é uma ditadura e aplicou sanções ao presidente Nicolás Maduro, acusado de romper a ordem constitucional. Segundo o secretário do Tesouro norte-americano, Steve Mnuchin, a votação “confirma que Maduro é um ditador que despreza a vontade da população”. As informações são da Folha de S. Paulo.

O secretário do presidente Donald Trump disse ainda que as sanções mostram que o governo dos EUA “não ficará parado enquanto a Venezuela continua a desmoronar sob os abusos do regime”. Ele também ameaçou ampliar as medidas de sanção aos membros da Assembleia Constituinte que assumirem.

“A Assembleia Nacional Constituinte aspira usurpar de forma ilegítima o papel da Assembleia Nacional democraticamente eleita, reescrever a Constituição e impor um regime autoritário”, declarou Mnuchin.

O pacote de sanções ao presidente venezuelano já é o quarto anunciado pela Casa Branca, só neste ano. Na última quarta-feira (26), 13 pessoas foram punidas pela convocação da Constituinte e pela repressão violenta a protestos. Já em maio, foram oito integrantes do Tribunal Supremo de Justiça, que anularam os poderes da Assembleia Nacional. Antes disso, também sofreu sanções o vice-presidente venezuelano, Tareck El Aissami, suspeito de ligação com o tráfico de drogas.

Os alvos de sanções ficam proibidos de fazer transações com pessoas físicas e jurídicas americanas, e têm todos os seus ativos bloqueados nos Estados Unidos. Vale lembrar ainda que a Espanha e outros oito países do continente americano anunciaram que não reconhecerão a Assembleia Constituinte da Venezuela. São eles Argentina, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México, Panamá e Peru.

Desrespeito

O Brasil também se posicionou contrariamente à eleição de uma Assembleia Constituinte na Venezuela. Em nota, o Itamaraty, comandado pelo ministro Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), afirmou que a votação “viola o direito ao sufrágio universal, desrespeita o princípio da soberania popular e confirma a ruptura da ordem constitucional”.

“Empossada, a Assembleia Constituinte formaria uma ordem constitucional paralela, não reconhecida pela população, agravando ainda mais o impasse institucional”, disse o texto.

Leia AQUI a reportagem da Folha de S. Paulo.

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01/08/2017