Estudo aponta recuperação do emprego em 13 de 25 segmentos da economia

Notícias - 02/05/2017
Estudo aponta recuperação do emprego em 13 de 25 segmentos da economia

Dados detalhados sobre a situação do emprego no Brasil mostram que, aos poucos, os sinais de recuperação na economia se manifestam. Um estudo feito pela Confederação Nacional do Comércio, com base em informações do Ministério do Trabalho, aponta que 13 de 25 segmentos da economia monitorados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados apresentaram, no primeiro trimestre deste ano, um saldo de vagas positivo em relação ao mesmo período de 2016, quando os números eram negativos. A elevação nas exportações e o registro de superávit na balança comercial fazem com que os setores ligados ao comércio externo sejam os protagonistas dessa recuperação. Senador pelo PSDB de Santa Catarina, Dalírio Beber vê o resultado com um alento em meio aos altos índices de desemprego, e observa que essa tendência deve continuar.

“Com certeza ninguém se sente confortável vendo as estatísticas, em que se verifica a existência de mais de 14 milhões de brasileiros que estão indo às ruas para buscar uma oportunidade de trabalho. No entanto, nós já antevemos que esse período difícil está próximo do fim. Nós já temos setores que apresentam claramente um estágio de recuperação. Veja que dos 25 setores em que o estudo foi realizado, 13 já apresentaram um saldo positivo de contratações”, disse.

O estudo mostra que o desempenho favorável é também mérito da indústria e do agronegócio. O setor industrial, que cresceu 0,3% no início deste ano, teve saldo positivo na geração de empregos em nove segmentos, enquanto o agronegócio gerou 14 mil vagas. Mas para consolidar essa retomada, Beber defende que o Congresso prossiga com as reformas em tramitação, que modernizam as leis trabalhistas e mudam as regras da Previdência.

“A velocidade desse processo depende muito de algumas ações, ou seja, reformas estruturantes, que estão hoje a cargo do Congresso Nacional. Quem sabe nós possamos ter, no final de 2018, uma parte considerável desses 14 milhões de desempregados já com trabalho, e que nós possamos ter a perspectiva de voltar ao pleno emprego nos próximos 3 anos”, declarou.

Outro recorte do levantamento mostra que a geração de postos de trabalho foi positiva entre trabalhadores com até 24 anos, até então os mais afetados pelo desemprego. Com a perspectiva de crescimento do Produto Interno Bruto, os responsáveis pelo estudo projetam estabilidade na geração de vagas após dois anos seguidos de fechamento.

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02/05/2017