Ex-diretor do BNDES atuava como representante do PT dentro do banco, diz PF
O ex-diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Guilherme Lacerda é investigado pela suspeita de ter cobrado propina da empreiteira Andrade Gutierrez para o PT. A Polícia Federal (PF) identificou mensagens de celular trocadas entre Lacerda e o ex-presidente do grupo Otávio Azevedo, em que o ex-diretor do banco aparece reclamando de repasses não feitos a João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT.
Segundo matéria publicada nesta terça-feira (12) pelo jornal O Globo, é a primeira vez que um ex-diretor do banco aparece como agente na cobrança de propina. As suspeitas da força-tarefa da Lava Jato é de que Lacerda atuava como representante do PT dentro do BNDES.
As mensagens foram encontradas em um dos aparelhos apreendidos com Otávio Azevedo em junho de 2015, quando ele foi preso na 14ª fase da Lava-Jato. Nas conversas, algumas de 2012, são flagrados políticos, conselheiros de agências reguladoras e empreiteiros.
Em uma das mensagens, enviada no dia 22 de setembro de 2012 para Azevedo, Lacerda informa que João Vaccari ainda não tinha recebido a propina e pede urgência para pagamento. A resposta do ex-presidente da empreiteira veio no mesmo dia. Ele pede calma e avisa que o repasse será feito “na próxima semana”.
A PF afirmou que a interceptação reforça as investigações sobre o pagamento de propina em contratos de empréstimos feitos pelo banco.
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