Ex-ministra da Casa Civil no governo Dilma recebeu R$ 2,5 mi na Lava Jato
A empreiteira Engevix, envolvida no esquema de corrupção na Petrobras revelado pela Operação Lava Jato, pagou R$ 2,5 milhões ao escritório de advocacia de Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil no governo da presidente afastada Dilma Rousseff. A informação consta no laudo da Polícia Federal sobre movimentações financeiras da empreiteira. Segundo a PF, os pagamentos a Erenice foram feitos em 2013 para que ela resolvesse uma pendência com o Tribunal de Contas da União (TCU). Na época, o órgão recomendou que a Eletronorte executasse uma garantia de R$ 10 milhões da Engevix por obras na usina de Tucuruí, no Pará, o que acabou sendo revertido a favor da empresa.
Para o deputado federal Marco Tebaldi (PSDB-SC), o fato mostra uma nova irregularidade envolvendo ex-ministros dos governos petistas. “É mais um caso que comprova que é um governo que tinha, além de Lula e Dilma, vários agentes do PT e ministros envolvidos em atos de corrupção. Isso demonstra que o PT não assumiu o governo para fazer o bem aos brasileiros, mas para que seus agentes ficassem ricos”, critica o tucano.
De acordo com matéria do jornal O Estado de S.Paulo desta terça-feira (19), não é a primeira vez que o nome da ex-ministra surge nas investigações da Lava Jato. Ela já foi apontada em delações de executivos da Andrade Gutierrez como uma das responsáveis por acertar suposta propina de 1% nas obras da usina de Belo Monte. O leilão da usina, segundo o jornal, durou sete minutos e foi vencido com deságio de 6,02% sobre o preço inicial de R$ 83 por MWh, no dia 20 de abril de 2010.
Erenice ficou à frente da Casa Civil entre abril e setembro de 2010, quando deixou o cargo em meio a denúncias de que estaria fazendo lobby para empresas no Palácio do Planalto. “Com mais esse laudo, fica comprovada a suspeita de quando essa ministra foi afastada da Casa Civil. A corrupção era a prática do governo, comandada por Lula e por Dilma, se alastrou para todos os ministérios e não era diferente com essa ministra, que saiu do governo bilionária por conta dos negócios que ela praticou, e esse é um deles”, destaca Tebaldi.
Antes de assumir a Casa Civil, Erenice era a número 2 da pasta e foi nomeada para a secretaria-executiva em 2005, quando Dilma Rousseff deixou o Ministério de Minas e Energia para substituir o petista José Dirceu no Planalto.
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