Ex ministro de FHC, Pedro Parente é reconduzido à presidência da Petrobras

Ex-ministro da Casa Civil do governo Fernando Henrique Cardoso, Pedro Parente foi reconduzido ao cargo de presidente-executivo da Petrobras pelo conselho de administração da companhia no último domingo (26). Ele havia sido eleito para o cargo pela primeira vez em maio de 2016, substituindo Aldemir Bendine. O novo mandato valerá por dois anos e vai até 26 de março de 2019. Com o desafio de recuperar a estatal após acumular um endividamento histórico de US$ 124 bilhões e o envolvimento com inúmeros escândalos de corrupção, Parente se comprometeu a fazer com que a companhia invista exclusivamente no Brasil pelos próximos cinco anos, além de pôr em prática o plano de negócios da Petrobras, que inclui a venda de ativos e a atração de parceiros estratégicos.
Para o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), são essas ações que justificam a escolha de Parente para o cargo de presidente.
“Acho bastante louvável a atitude do conselho em referendar mais um mandato para Pedro Parente. Após a Petrobras ter passado por uma grande crise, causada pela corrupção instalada no governo do PT, nós estamos vendo a retomada da credibilidade em relação às ações da empresa. E isso se deve à posse do ex-ministro Pedro Parente.”
No início deste ano, Pedro Parente assegurou que a Petrobras cumprirá as metas estabelecidas, com acompanhamento mensal dos resultados, e sem reduzir a meta de produção. Ele também previu a redução em 18% dos custos operacionais, e reforçou a preocupação com acidentes de trabalho, pretendendo reduzi-los em 36%. Diante dos bons resultados já alcançados, Gomes de Matos acredita que as metas estabelecidas pela presidência da estatal podem ser atingidas neste novo mandato.
“Sua recondução consolidada pelo conselho vai fortalecer e garantir a retomada dos investimentos, como também do novo desafio da Petrobras em fazer com que tenhamos parcerias nacionais e internacionais.”
Entre os resultados já ressaltados pelo presidente da Petrobras, ele destaca a contabilização de mais de US$ 13 bilhões vindos de parcerias e desinvestimentos até o ano passado. A expectativa é de que, entre 2017 e 2018, esse valor chegue a US$ 21 bilhões.