Executivos da Mendes Júnior citam pagamento de propina em obras do Dnit

Imprensa - 26/07/2016

reais-dinheiro-money2 (1)Brasília (DF) – Após cerca de cinco meses de negociações com a Procuradoria-Geral da República (PGR), os executivos da empreiteira Mendes Júnior apresentaram proposta de delação premiada na qual assumem ter efetuado o pagamento de propina em obras do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) durante a gestão de Dilma Rousseff. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira (26).

Nos casos de licitações do Dnit, são citadas obras nas rodovias BRs 101 (PE), 429 (RO) e a 163 (MT). Já a obra do Projeto de Aproveitamento Hidroagrícola dos Platôs de Guadalupe (PI) aparece nas citações ao Dnocs. A construção foi licitada por R$ 143 milhões e teve como vencedor o consórcio formado pela empresa e a Camargo Corrêa.

Segundo a reportagem, um dos documentos nos quais os procuradores se baseiam para questionar a Mendes Júnior é um relatório de empresas de consultoria contratadas pela construtora e consideradas de fachada pela Receita.

O documento aponta, entre transações suspeitas, o pagamento de R$ 3,7 milhões da Mendes Júnior para Arquieng Arquitetura e Engenharia – que teve como sócio Glauco de Araújo Mendes, ex-diretor do Dnocs. A Arquieng e Araújo já apareceram como destinatários de valores de outra empreiteira, a Andrade Gutierrez.

No fim de junho, Araújo, então secretário do Ministério da Integração Nacional, foi exonerado após ser revelado o elo da Arquieng com a Andrade. Araújo foi nomeado diretor do Dnocs em 2013. No caso do Dnit, ligado à pasta dos Transportes, o documento cita que a Mendes Júnior repassou R$ 3,6 milhões para a Konceito Empreendimentos de Engenharia, que não possuía funcionários registrado na época dos pagamentos, em 2013.

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26/07/2016