Falhas no Mais Médicos podem levar programa a passar por mudanças
Após três anos, o Mais Médicos, programa criado na gestão do PT na Presidência da República para levar médicos a regiões com carência de atendimentos, tem uma série de falhas e pode passar por mudanças. Irregularidades foram apontadas em auditorias feitas pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle em pelo menos 150 municípios participantes do programa – ao todo, são 4.058 cidades.
De acordo com matéria do jornal Folha de S.Paulo deste sábado (30), entre os problemas enfrentados em algumas cidades estão a substituição de profissionais efetivos por bolsistas do programa, infraestrutura precária, descumprimento ou falta de controle das cargas horárias de 40 horas (sendo 8h para estudos) e baixa supervisão. O jornal teve acesso aos relatórios individualizados por cidade, que mostra a prática de pelo menos 31 prefeituras em trocar os efetivos por médicos do programa, cujos salários são custeados pelo governo federal, como forma de aliviar suas contas.
Segundo a Folha, as auditorias também detectaram que 17 municípios não estavam cumprindo com a oferta de auxílio-moradia, que varia entre R$ 500 e R$ 2,5 mil ou imóvel, e alimentação (R$ 500 a R$ 700). Além disso, outras 26 cidades não conseguiram comprovar a inscrição dos profissionais em cursos de especialização, como previsto em Lei.
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