Fazer negócio no Brasil é para os fortes
Fazer negócio no Brasil é para os fortes. O Custo Brasil consome cerca de 19% do PIB brasileiro, o equivalente a R$ 1,7 trilhão todos os anos, segundo estudo do Movimento Brasil Competitivo. É o mesmo valor que o governo federal tem para todas as suas despesas.
Não se trata apenas de reduzir tributos, mas de simplificar a estrutura tributária e melhorar o ambiente jurídico-regulatório do país. A instabilidade jurídica é outro fator que atrapalha os negócios no Brasil. A nossa burocracia, a falta de efetividade dos serviços públicos ainda pouco ou nada digitais, a intervenção estatal nos negócios. Abrir um negócio é custoso, fechar um negócio é quase impossível. Nossa infraestrutura precária, as dificuldades para a integração às cadeias globais. Tudo isso e mais um pouco fazem do Brasil um paraíso para sonegadores e o inferno para quem quer efetivamente produzir e gerar negócios, empregos e competição no mundo.
O norte-americano Charlie Munger foi um dos maiores investidores da história ao lado de seu sócio, Warren Buffet. Morto mês passado, Munger ajudou a alavancar negócios, riquezas, empregos e tecnologia praticamente no mundo todo. Menos no Brasil (exceto por um pequeno investimento no Nubank). Em 2009 questionado por uma jornalista brasileira, discorreu sobre os motivos de deixar o Brasil de fora de seus planos de investimento. Falou da dificuldade de fazer negócios, da falta de mão de obra qualificada, da burocracia e outros tantos problemas que impactam as nossas empresas e aquelas que querem vir aqui fazer negócios. Preferia, disse, fazer negócios na China. Assustador compreender como as coisas pouco evoluíram nesses anos.
O PSDB vai apresentar propostas para modernizar o país, inclusive trazendo sugestões de como diminuir o Custo Brasil e melhorar o ambiente de negócios para quem quer produzir e gerar riquezas.
Marconi Perillo, presidente nacional do PSDB.