“Fazer um museu em homenagem ao Lula e roubar dinheiro público é um deboche com o povo brasileiro”, diz Domingos Sávio
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (13), a Operação Hefesta, que investiga desvios de recursos públicos de R$ 11 milhões na construção do Museu do Trabalho e do Trabalhador em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. O local foi idealizado pelo prefeito petista Luiz Marinho para homenagear o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A polícia encontrou indícios de superfaturamento e inúmeras irregularidades na obra, cujo orçamento inclui R$19 milhões aprovados da Lei Rouanet.
Para o deputado federal Domingos Sávio, presidente do PSDB-MG, “fazer um museu em homenagem ao Lula e roubar dinheiro público é um deboche com o povo brasileiro”. “A roubalheira do PT supera qualquer capacidade de imaginação e de criatividade. Ninguém podia imaginar que esse povo fosse capaz de roubar até na hora de homenagear o Lula. Para fazer uma homenagem completa ao chefe da gangue, acabamos chegando à conclusão, de maneira triste, que talvez eles entendessem que tivesse que ser roubando o dinheiro público. O PT chegou a esse extremo de debochar de todos”, criticou o parlamentar.
O tucano defende que a CPI da Lei Rouanet na Câmara dos Deputados também apure as graves denúncias no museu, que iniciou a ser construído em 2012. “Vamos abrir uma linha de investigação para conhecer em detalhes o que a força-tarefa dessa operação está trazendo ao conhecimento público e, obviamente, contribuir com o trabalho do Ministério Público e da Polícia Federal para que tudo seja desvendado e os responsáveis pelos desvios sejam punidos”, disse Sávio.
De acordo com matéria do jornal Valor Econômico, a obra – orçada inicialmente em R$ 18 milhões – já consumiu mais de R$ 21 milhões e ainda não foi concluída. Dentre as irregularidades estão superfaturamento de recursos públicos e de projetos, subcontratação ilegal de empresas sem licitação e duplicidade de objetos nos projetos de captação – conforme inquérito instaurado em 2014.
Segundo o jornal, além das oito prisões temporárias, a PF cumpre ainda oito mandatos de condução coercitiva e 16 de busca e apreensão em São Paulo, Santos, São Bernardo do Campo, Barueri, Rio de Janeiro e Distrito Federal. A operação conta com 60 policiais federais e dez servidores da Controladoria Geral da União (CGU).
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