Governo bloqueia mais de 20 mil fraudes no seguro desemprego

Depois de anos de desvios durante a gestão do PT, o governo federal suspendeu 21 mil pedidos fraudulentos de seguro-desemprego. O benefício é essencial para quem está sem emprego e fonte de renda, ajudando na recuperação financeira do trabalhador que perdeu sua ocupação. As ocorrências foram identificadas ao longo de cem dias de investigação. Com isso, foram economizados mais de R$ 120 milhões dos cofres públicos.
O deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) acredita que essas ações de combate deveriam ter sido iniciadas em governos anteriores, e espera que as medidas colocadas em prática pela gestão Temer sejam permanentes.
“O governo deveria ter sido mais competente e ter uma estrutura permanente de fiscalização online, para saber se é verdadeira ou não a declaração do pedido de seguro social em nosso país. Não é possível que um governo tenha permitido que houvesse fraude dessa natureza na era da tecnologia plena. Então, eu dou boas vindas a essa nova ação, e espero que continuem fiscalizando todos os dias”, afirmou.
Hauly lamenta pelo alto índice de irregularidades, mas se mostra satisfeito com os esforços feitos pelo governo para proteger os cofres públicos dos fraudadores do benefício. Segundo o Ministério do Trabalho, a maioria dos responsáveis pelos delitos é composta por funcionários públicos.
“Vejo muito bem que o governo começa a levantar e investigar as fraudes contra o serviço social brasileiro, que atende milhões de pessoas. É inadmissível que haja fraude, principalmente de funcionários públicos”, disse o tucano.
O monitoramento é feito por meio de cruzamento de dados de vários órgãos, como a Receita Federal, Ministério do Trabalho, e outros. A partir do levantamento, o governo descobriu que a maioria das fraudes ocorreu nos estados de São Paulo, Maranhão e Alagoas.
Entre as irregularidades que chamam a atenção, está o caso de 150 trabalhadores que fizeram a solicitação do seguro-desemprego e alegavam morar em um mesmo endereço. Em outra situação, os solicitantes usavam o mesmo número de telefone para conseguir o benefício. O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, acredita que, até o fim do ano, o governo possa economizar R$ 1 bilhão bloqueando as fraudes.