Governo de Fernando Pimentel promove sucateamento do Circuito Cultural de BH
Dois anos após assumir o governo de Minas Gerais, um dos grandes “legados” da gestão de Fernando Pimentel, do PT, foi o aniquilamento de projetos bem-sucedidos implementados por gestões anteriores nas mais diversas áreas. O setor cultural foi um dos mais afetados pelo jeito petista de (des)governar. Um exemplo emblemático é a gradativa destruição e o sucateamento do Circuito Cultural Praça da Liberdade, criado pelas administrações tucanas e que chegou a ser considerado um dos maiores e mais importantes complexos culturais do país.
Numa inédita parceria entre o Governo do Estado e empresas privadas, os governos do PSDB implantaram museus e centros culturais com diversos acervos e atrativos culturais e turísticos nos antigos prédios da Praça da Liberdade, onde antes funcionavam repartições públicas transferidas para a Cidade Administrativa.Os monumentais prédios foram totalmente restaurados, sob a supervisão do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). Além de criar mais opções culturais para belorizontinos e mineiros de todas as regiões, o Circuito Cultural se transformou em um dos principais pontos turísticos da capital mineira.
Entretanto, desde que assumiu a Secretaria de Cultura na administração do petista, o secretário de Cultura Ângelo Oswaldo não disfarçou a má vontade com o Circuito Cultural. Indiferente ao repúdio da população e também da classe artística e cultural, o desmonte não demorou a começar. Depois de fechar as portas do Palácio da Liberdade para visitação, encerrar a exposição interativa “Palácio da Liberdade: Memórias e Histórias” e desistir da implantação do Centro de Ensaio Aberto (Cena), o projeto Oi Futuro também sucumbiu à indiferença da administração do petista com o setor.
Jornal destaca retrocesso promovido pela gestão petista
Reportagem publicada pelo jornal “Estado de Minas” destaca o tamanho do estrago feito pela gestão petista. “Dois anos depois, o Palácio da Liberdade está fechado à visitação pública. O Palacete Dantas e o Solar Narbona permanecem desativados. Sem-teto se instalaram na entrada da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, dificultando o acesso de frequentadores – sobretudo crianças. As obras no antigo prédio do Ipsemg, futura Escola de Design da Uemg, caminham lentamente”, enumera a matéria.
Parece que até agora, passados mais de dois anos de administração, a única “marca” do governo Pimentel no complexo cultural foi um novo nome, como lembrou a reportagem do jornal. “O nome já é outro: batizado em 2010 com o Circuito Cultural Praça da Liberdade, atende como Circuito Liberdade.” Por ora, continua a reportagem, “tudo está na base do projeto”.
Complexo recebeu 4 milhões de visitantes entre 2010 e 2014
No final de 2014, o Circuito Cultural Praça da Liberdade já era considerado o maior complexo cultural do país, com 12 espaços culturais implantados. De 2010, data de sua implantação, até 2014, o Circuito Cultural Praça da Liberdade recebeu quase 4 milhões de visitantes. O Complexo Cultural foi apontado como a sexta atração turística do Brasil mais bem avaliada por viajantes de todo o mundo. A lista com dez atrações foi organizada pelo TripAdvisor, o maior site de viagens do mundo. A lista foi encabeçada pelo Cristo Redentor, do Rio de Janeiro.
Além de atrair, diariamente, milhares de visitantes para seus equipamentos e de colocar Belo Horizonte no eixo de grandes atrações artísticas e culturais, houve também, até 2014, uma grande preocupação com a formação de público que frequentava o Circuito e foram feitas parcerias com escolas da capital e da região metropolitana. A maior parte das atividades oferecidas era gratuita.
Vale lembrar que outros projetos culturais implantados nas gestões anteriores, como o Ballet Jovem e a Big Band do Palácio das Artes e os projeto “Valores de Minas” e “Vozes do Morro”, implantados pelo SERVAS, também foram descontinuados pelo governo de Fernando Pimentel.
* Do PSDB-MG