Governo Dilma deixou calote de R$ 1,2 bilhão na Caixa Econômica Federal
Apenas nos últimos quatro anos, o governo da presidente afastada Dilma Rousseff deu um calote de R$ 2,6 bilhões nos bancos públicos. Deste valor, R$ 1,2 bilhão será registrado pela Caixa Econômica Federal em seu balanço do primeiro trimestre.
Como revela matéria publicada pelo jornal Correio Braziliense nesta terça-feira (12), o valor se refere a tarifas não pagas à Caixa pela gestão de 12 programas sociais do governo, dentre os quais se destacam o Fies (financiamento estudantil), o Bolsa Família, o abono salarial e o seguro-desemprego.
O Tribunal de Contas da União (TCU) já condenou os atrasos nos pagamentos, apesar de considerá-los diferentes das chamadas “pedaladas fiscais” que embasam o pedido de impeachment de Dilma. Ao contrário do que aconteceu nas pedaladas “clássicas”, os atrasos envolvendo a Caixa não se configuram como operação de crédito e, portanto, não ferem a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Conciliação
Para tentar receber a bilionária quantia em atraso, a Caixa já chegou recorrer a uma câmara de conciliação da Advocacia-Geral da União (AGU). Os acordos estabelecidos nessas audiências foram considerados insuficientes, e a Caixa entrou com várias ações na Justiça cobrando os ministérios devedores para que o calote seja pago.
O valor deve ser pago quando o Congresso aprovar o projeto de lei que concederá ao Poder Executivo um crédito de R$ 2,7 bilhões, que será utilizado para quitar essa e outras dívidas bancárias.