Governo federal vai fazer reformulação no Fies
Com despesas que somaram R$ 32 bilhões no ano passado, o Programa de Financiamento Estudantil (Fies) do governo federal vai passar por uma revisão total. Custando caro para os cofres públicos, o programa bateu recorde em inadimplência, com 53% em janeiro deste ano, segundo informações divulgadas nesta terça-feira pelo jornal Estado de S. Paulo. Na próxima semana, o Ministério da Educação deve anunciar o diagnóstico do prejuízo causado pelos benefícios não quitados. Já as novas regras de acesso e pagamento das mensalidades, devem sair na primeira quinzena de abril.
Presidente da Comissão de Educação da Câmara, o deputado federal Caio Narcio (PSDB-MG) ressalta a importância de o governo fazer uma reformulação do Fies.
“O que se percebe é que o Fies é um programa fundamental para a expansão do ensino no Brasil. Precisa revisar os pontos importantes da questão do Fies, mas acima de tudo, garantir com que esse programa não seja diminuído. É muito importante que seja avaliado a questão para que as pessoas que não precisam receber – e estão recebendo, e quem precisa não tem acesso”, afirmou.
Pelo Fies, os estudantes do ensino superior têm cursos bancados pelo governo e começam a devolver o dinheiro emprestado, em prestações, um ano e meio após o fim do curso. Desde o ano passado, o programa passou a dar prioridade aos cursos com nota 4 e 5 nas áreas de saúde e tecnologia, além das licenciaturas. De acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o número de financiamentos chega hoje a mais de 2 milhões.
Além de defender ajustes no Fies, o deputado Caio Narcio destacou qual será o foco do trabalho da Comissão de Educação da Câmara neste ano.
“O foco é a gente poder estudar, aprimorar a questão da educação, propondo suas ideias, dar dinâmica para a comissão para que ela possa seguir seu rumo auxiliando o Ministério [da Educação]. E, a partir disso, a gente poder fazer uma agenda que possa proporcionar uma expansão do ensino com qualidade e com coragem de poder aprimorá-lo”, afirmou o tucano.
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