Hauly celebra processo de recuperação da Petrobras

Há mais de um ano sob a administração de Pedro Parente, a Petrobras segue um modelo de administração que faz a maior estatal do país viver uma trajetória de uma “empresa saudável”. A avaliação foi feita pelo próprio Parente, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada nesta quinta-feira (27). Na avaliação dele, a petrolífera ainda enfrenta dificuldades por conta de um alto grau de endividamento, mas pode retomar seu nível de competitividade em um futuro próximo.
“A trajetória é de uma empresa saudável. Se chegarmos no fim do ano que vem com a alavancagem de 2,5 vezes [valor da dívida em relação à geração de caixa da empresa], numa trajetória decrescente, podemos dizer que a empresa, realmente, está num nível próximo das outras grandes petroleiras. Eu, pessoalmente, acho que um endividamento saudável é algo mais próximo de 1,5. Podemos vislumbrar claramente que a empresa estará num nível próximo do que tem de ser antes do prazo de cinco anos do plano”, afirmou Parente ao Estadão.
O novo modelo de gestão da Petrobras sob o comando de Parente foi celebrado pelo economista e deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR). Para o tucano, as mudanças implementadas pela estatal desde o ano passado são essenciais para recuperar a empresa, dilapidada por uma combinação de corrupção e má gestão durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
“Pedro Parente é um grande profissional. Sério, competente, dinâmico. Uma pessoa como ele é o que a Petrobras precisava para recuperar os 13 anos e 4 meses de administradores predadores, incompetentes e permissivos à corrupção. Serão cinco anos para começar a recuperar uma parte do que foi perdido pela má gestão, pela incompetência desses que estiveram à frente da Petrobras e do governo do Brasil nesses 13 anos e 4 meses, entre eles Lula, Dilma e sua turma”, analisou o tucano.
Grau de investimento
Segundo Parente, a Petrobras pode recuperar o selo de boa pagadora nas principais agências de classificação de risco em cinco anos. Ele observa, no entanto, que isso só será possível se o Brasil também recuperar o grau de investimento.
Hauly avalia que a continuidade da agenda de reformas – em especial a tributária, que tem o tucano como relator – é primordial para o país recuperar sua credibilidade e continuar seu processo de recuperação econômica. “Sem as reformas, principalmente a reforma tributária, o Brasil não vai crescer, e, não crescendo, a recuperação demorará muito mais”, destacou Hauly.
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