Hauly condena ideia de Maduro de convocar civis para lutar contra criminalidade

Imprensa - 18/01/2017

luiz-carlos-hauly-foto-psdb-na-camaraO presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que vai convocar civis para combater a crescente onda de criminalidade no país. Os chamados “patriotas cooperantes” irão ocupar funções de segurança e inteligência, segundo informações da Agência France Presse. O presidente venezuelano ainda afirmou que os civis vão agir por intermédio de uma “Polícia Comunitária” e de um “Sistema de Inteligência Popular”, sem detalhar mais sobre a estrutura das duas organizações. O deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, reprova a decisão de Maduro, considerando perigosa a manobra do presidente.

“Eu acredito que o Maduro ao convocar civis para combater a violência, vai criar milícias paramilitares. O primeiro passo para recrutar civis para depois incorporar na força armada. Então, é muito perigoso. Lamentavelmente. Vai usar de um instrumento que eu, pessoalmente, condeno”, disse.

Maduro também anunciou que vai relançar as Operações de Libertação do Povo, agora rebatizadas de Operações para a Liberdade Humana do Povo, que são manobras militares e policiais contra a criminalidade. Em 2015, essas operações foram alvo de denúncias por violações dos direitos humanos. O deputado Luiz Carlos Hauly enxerga com preocupação a o país vizinho diante das decisões.

“Hoje a situação é caótica que se encontra o nosso vizinho, a Venezuela, com caos econômico, com caos, social, com caos político, eu vejo com muita preocupação e muita responsabilidade. Acho que esse momento de querer buscar um entendimento nacional e tentar uma saída conjunta com a oposição porque o país está naufragado”, destacou.

A coalizão opositora do país exige a antecipação da eleição presidencial, prevista para 2018, como solução para a grave crise política e econômica que abala a Venezuela. De acordo com pesquisas de órgãos privados, oito em cada dez venezuelanos rejeitam a gestão de Maduro.

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18/01/2017