Herança petista: ABC Paulista perde 80 mil vagas de emprego em três anos

Notícias - 31/07/2017

Uma das regiões mais importantes para a economia de São Paulo e do país, o ABCD Paulista sofre as consequências das políticas econômicas equivocadas desenvolvidas pelos governos do PT à frente do governo federal – e nos municípios que historicamente foram administrados por petistas. De 2014 para cá, a área formada pelos municípios de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema foi responsável por cerca de 80 mil vagas formais de emprego perdidas, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho (Caged).

A situação mais grave é a de São Bernardo do Campo. Apenas entre 2014 e junho deste ano, 42.853 postos de trabalho foram fechados na cidade. Com os números, o município registrou o oitavo pior resultado na geração de empregos do país. Desconsiderando-se as capitais, é o pior desempenho de todo o Brasil, como informa matéria publicada nesta segunda-feira (31) pelo jornal Valor Econômico.

Presidente do Núcleo Sindical do PSDB, o deputado estadual Ramalho da Construção (SP) destaca que, infelizmente, os dados vistos no ABCD Paulista refletem uma dura realidade que ainda aflige todo o país. O tucano destacou que, apenas no último ano, o número de desempregados em todo o Brasil passou de pouco mais de 11 milhões para 14 milhões de pessoas.

“No geral, 14 milhões de pessoas perderam empregos com carteira assinada. É um problema bastante triste. A situação do desemprego no Brasil é complicadíssima. A gente tem esperança de que vai começar a melhorar, mas tem demorado. São Bernardo do Campo perdeu 42 mil empregos, mas perdemos 3 milhões de empregos no Brasil no último ano, o que mostra que é um problema de todo o Brasil. Nós temos uma crise no Brasil, que precisa retomar o desenvolvimento”, analisou o deputado estadual.

Indústria automobilística

A indústria automobilística, que tem no ABCD Paulista um de seus mais importantes polos em todo o país, vem sendo diretamente afetada pela crise. De acordo com a reportagem do Valor Econômico, a produção nacional de veículos passou de 3,712 milhões para 2,157 milhões de unidades entre 2013 e 2016. Os números representam uma queda de quase 42%.

Ramalho ressaltou ainda que o aumento do desemprego no setor automobilístico tem reflexos em diversos outros setores. Para ele, a perda do poder de compra do brasileiro é determinante para os números negativos registrados pelo setor nos últimos anos. “Se a pessoa não compra automóvel, a indústria vende menos. Se a indústria vende menos automóvel, toda a cadeia produtiva do automóvel desemprega. A empresa que fabrica o farol, o pneu, o retrovisor etc. Há toda uma paralisação por não ter quem compre o carro”, argumentou Ramalho.

Insegurança

A instabilidade política também foi citada pelo presidente do PSDB Sindical como um entrave à retomada dos empregos no país. Para Ramalho, a situação dificulta a entrada de investidores dispostos a movimentar a economia brasileira. “Quem é penalizado não é só o trabalhador, é o empregador também. Nessa insegurança, ele sequer faz planejamento para tocar uma obra”, criticou o tucano, que citou ainda a redução de juros, a reforma tributária e uma maior oferta de créditos como fatores que podem impulsionar a recuperação do mercado de trabalho.

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31/07/2017