IDH do Brasil fica estagnado na gestão Dilma Rousseff

Durante a gestão do PT no comando do país, o Brasil deixou de avançar no seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Em 2015, ano em que o país era governado por Dilma Rousseff, o índice manteve o mesmo valor e posição no ranking global se comparado com o ano anterior. Segundo reportagem publicada pela Folha de S. Paulo nesta terça-feira (21), o Brasil está na posição 79a., a mesma de 2014, entre 188 países avaliados pelas Nações Unidas – ao lado da ilha de Granada, no Caribe.
Segundo a classificação da ONU, quanto mais próximo de 1 estiver o IDH, melhor o desenvolvimento do país. Em 2015, o IDH brasileiro foi de 0,754, o mesmo do último ano analisado.
É a primeira interrupção no crescimento do IDH brasileiro desde 2010, quando os dados passaram a ser disponibilizados anualmente. No modelo anterior, quando o índice era divulgado com um intervalo maior, havia tendência de crescimento – ao contrário do que ocorreu no governo do PT. O IDH leva em consideração indicadores do país nas áreas de saúde, escolaridade e renda da população. De 1990 para cá, o índice chegou a ter crescimento de 23,4%.
A Folha mostra que, em comparação com os demais países, o Brasil se coloca em um grupo de 16 países que mantiveram o mesmo IDH. Outros 159 aumentaram e 13 diminuíram. Em entrevista ao jornal, a coordenadora do Atlas do Desenvolvimento do Pnud no Brasil, Andrea Bolzon, afirmou que a paralisia do Brasil no ranking do IDH chamou a atenção da ONU. “Ele não melhorou no índice, e nem melhorou nem piorou no ranking. Isso nos chama a atenção. É uma luz amarela, um alerta para olhar e ver o que precisa ser feito”, afirmou.
Andrea lembrou que a índice alarmista é consequência do fato de, na séria histórica, o Brasil ter aumentado o seu IDH – ao contrário do que ocorreu em 2015. “Se pretendemos ser um país de alto desenvolvimento humano, qualquer coisa que nos freie é preocupante”, completou.
Em comparação aos demais países da América do Sul, o Brasil ocupa a 5° posição, ficando atrás do Chile, Argentina, Uruguai e Venezuela. Já em relação aos Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil fica na 2° posição, atrás apenas da Rússia.
Segundo a Folha, a desigualdade na distribuição de renda, saúde e educação entre os brasileiros continua a ter impacto negativo no desempenho do país no ranking. Outro destaque no relatório é o índice de desigualdade de gênero, com baixo desempenho brasileiro, especialmente por problemas ligados à alta taxa de gravidez na adolescência e o baixo número de mulheres no Parlamento.
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