Ao criticar fraudes no Postalis, líder do PSDB defende aprovação de projeto que muda regras dos fundos de pensão
O líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy (BA), criticou nesta quinta-feira (7) as fraudes no fundo de pensão dos Correios, o Postalis, que promoveram um rombo de pelo menos R$ 465 milhões no fundo da estatal.
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou oito pessoas envolvidas em fraudes no Postalis. O prejuízo total da fraude, entre 2006 e 2011, equivale atualmente a US$ 143 milhões. A maior parte desses recursos teria sido desviada na forma de comissão aos acusados.
Imbassahy ressaltou que, para repor o prejuízo, os servidores e aposentados terão de contribuir mais por um período de 23 anos. Essa dívida deve ser paga até 2039 e ainda pode ficar de herança aos contribuintes do fundo.
“Na era PT, esses fundos eram dominados pela ‘companheirada’. E deu no que deu. Projeto relatado pelo PSDB e que impõe condições para a nomeação de conselheiros para essas entidades deve ser votado pela Câmara”, defendeu o líder em sua página no Facebook.
A legislação a que se refere Imbassahy é o Projeto de Lei 388/2015, que cria um novo marco para a gestão dos fundos de pensão das empresas estatais. O projeto substitutivo, apresentado pelo presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, já foi aprovado no Senado, e tramita atualmente em regime de urgência na Câmara dos Deputados.
São acusados dos crimes de organização criminosa, gestão fraudulenta e apropriação ilegal de recursos financeiros no caso do Postalis o ex-presidente do fundo Alexaj Predtechensky, e o executivo da empresa de investimentos Atlântica, Fabrizio Dulcetti Neves, apontado como mentor do esquema de desvios.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o Postalis fez um investimento no exterior com o discurso oficial de que conseguiria rendimentos melhores e, no futuro, pagaria as aposentadorias. Mas o dinheiro foi desviado para títulos superfaturados, entre eles da Venezuela e da Argentina, que representam quase metade do rombo.