Impedimento definitivo de Dilma é “inevitável”, afirma Geraldo Resende

Para o parlamentar tucano, o próprio PT já “jogou a toalha” no processo de impeachment

Imprensa - 03/08/2016

geraldo resende foto agencia camaraApós o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) apresentar um parecer favorável ao prosseguimento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, cientistas políticos ouvidos pela reportagem do jornal Valor Econômico afirmaram não acreditar na possibilidade de reversão do afastamento definitivo da petista.

Os especialistas consultados pelo Valor ressaltaram que o clima político desfavorável é um dos principais fatores que explicam a situação. Marco Antônio Carvalho Teixeira, da Fundação Getulio Vargas, destacou como motivos para esse clima desfavorável a delação do marqueteiro João Santana, que revelou ter sido pago com recursos de caixa dois pela campanha de Dilma à reeleição em 2010, e os recentes episódios envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, transformado em réu na Operação Lava Jato por tentativa de obstrução à Justiça.

O cientista político afirmou que ainda mais decisivo que o cenário político é o quadro econômico vivido pelo país desde a saída de Dilma. Para ele, a percepção de melhoria de expectativas vista desde que Michel Temer assumiu a presidência é fundamental para o impeachment da petista.

Para o deputado Geraldo Resende (PSDB-MS), além dos pontos destacados pelos especialistas ouvidos pelo Valor, um outro motivo de o impeachment ser irreversível é o isolamento enfrentado pela presidente afastada dentro de seu próprio partido.

“Não existe qualquer chance do retorno da Dilma. Acho que o processo é inevitável”, afirmou. “E outra situação, além de tudo isso que os próprios cientistas vêm colocando, é que o próprio PT já jogou a toalha. Eu acho que eles já dão como um fato consumado o impedimento da presidente”, emendou o tucano.

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03/08/2016