Incentivo à leitura dá novas oportunidades para alunos da rede municipal de Belém
Estudante da Escola Municipal Terezinha Sousa, no bairro Castanheira, em Belém, Débora Chagas está no 7º ano e, com apenas 11 anos de idade, já foi premiada como aluna leitora. O grande sonho de Débora é ser médica, e ela sabe que a leitura será um grande aliado para chegar lá.
“Já li vários livros e gosto muito. No intervalo das aulas eu vou à biblioteca e às vezes consigo ler um livro inteiro em apenas um dia. Os melhores presentes que meus pais me deram foram livros, principalmente os de poemas”, afirma.
O hábito da leitura foi em grande em parte incentivado pelos pais de Débora, Simone e Jorge Chagas, que, ainda na primeira infância, contavam histórias para a menina dormir. O mesmo estímulo foi repassado aos dois outros filhos do casal, Jared, de 13 anos, e Moroni, de 9.
“Acostumamos nossos filhos a estudarem muito. Sabemos que ler amplia o conhecimento e a visão sobre vários aspectos do mundo. Sempre estamos lendo juntos, normalmente vou à escola pegar livros emprestados da biblioteca. Confesso que tenho muito orgulho por eles sentirem essa vontade”, relata a mãe Simone Chagas.
O irmão mais velho de Débora, Jared Chagas, sofre de dislexia – distúrbio de aprendizado caracterizado pela dificuldade para ler e escrever -, porém, as dificuldades nunca foram uma barreira para o desenvolvimento escolar do menino, que, assim como Débora, já ganhou o prêmio de aluno leitor. “Às vezes preciso ler mais de uma vez para poder entender, mas a minha força de vontade faz com que eu consiga. Meus pais e meus professores me ajudam muito”.
Neste mês de férias, o passatempo preferido dos irmãos é ler. Brincar na rua? Isso não faz parte da rotina das crianças. “Moramos em área de periferia e sabemos dos riscos, por isso nossos filhos não ficam brincando na rua. Sou grato porque eles mesmos não gostam, preferem ficar em casa contado histórias um para o outro. Temos que agradecer a escola por incentivar as crianças a terem o hábito da leitura”, frisou o pai Jorge Chagas.
Em 2014, a capital paraense foi reconhecida pelo Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE) como uma exceção no panorama da região Norte, pois apresenta bibliotecas em todas as escolas municipais. De lá pra cá, os investimentos para incentivar à leitura no município não pararam.
Em 2015, Belém foi contemplada com o prêmio “Reconhecimento de Município Leitor”, concedido pelo Projeto Trilhas, do Instituto Natura. E, de acordo com dados do Sistema Municipal de Bibliotecas Escolar (Sismube), em 2013, a rede municipal de ensino contava com um acervo total de 170 mil livros, enquanto que hoje já conta com mais de 250 mil livros.
*Do portal da prefeitura de Belém
