“Inclusão da Venezuela no Mercosul foi erro que está custando caro para todo o bloco”, diz Hauly

Imprensa - 12/07/2016

luiz carlos hauly foto alexssandro loyolaA decisão sobre a transmissão da presidência rotativa do Mercosul à Venezuela foi adiada para o próximo mês. O Uruguai deveria encerrar nesta terça-feira (12) seu período de seis meses à frente do bloco, passando a gestão a Caracas. Mas representantes do bloco não conseguiram superar divergências e decidiram esperar até a quinta-feira (14) para discutir a questão. O Brasil usa justificativa jurídica contra a Venezuela e diz que para ocupar a presidência é preciso que o país cumpra todas as regras do bloco. Já o Paraguai acredita que, por não respeitar a democracia e os direitos humanos, o país não estaria apto a ocupar a liderança.

O deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) defende a ideia de que a Venezuela não tem condições de assumir a liderança do bloco. Para ele, o país não atende os requisitos mínimos necessários das regras internacionais de convivência entre as nações. “Sem falar que eles [os líderes chavistas] destruíram a economia venezuelana e criaram a maior confusão de toda a história do país”, acrescentou.

Para Hauly, a inclusão da Venezuela no bloco foi um erro apoiado pelas gestões do PT. “Foi um erro terrível que agora está custando caríssimo. É um constrangimento também para seus vizinhos latino-americanos que não têm como dar a presidência do Mercosul para um país com tantos problemas, principalmente, no quesito dos direitos humanos que não são respeitados. É uma tremenda saia justa”, acrescentou.

A decisão sobre a transmissão da presidência precisa ser tomada por consenso, no Conselho do Mercosul, formado por todos os chanceleres.

X
12/07/2016