Inflação de serviços deverá fechar este ano no menor patamar dos últimos 17 anos

Brasília (DF) – A mudança de governo e as medidas de austeridade fiscal implantadas pela equipe do presidente Michel Temer já trazem bons resultados para a economia brasileira. Projeção da consultoria Tendências, divulgada nesta segunda-feira (06), revela que a inflação de serviços deverá fechar este ano no menor patamar dos últimos 17 anos. A taxa é estimada em 4,2%, uma forte desaceleração se comparada aos 6,48% de 2016. O cálculo foi feito pelo Banco Central com base em 34 itens do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
As informações são de reportagem do jornal O Globo. Caso a previsão se confirme, será a menor inflação da área de serviços desde o ano 2000, quando o índice ficou em 3,12%. Vale lembra que, em 2015, a taxa chegou a 8,09%. “Os preços de serviços são os mais sensíveis ao ciclo econômico. A gente atribui essa baixa à recessão”, avaliou o economista Marcio Milan, da consultoria Tendências.
Para o economista do banco Brasil Plural, Raphael Ornellas, a inflação de serviços em 2017 deverá fechar em 4,4%. “A gente acredita que essa desinflação vai persistir ao longo de todo o ano”, resumiu Ornellas.
Ouvida pelo jornal, a pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Maria Andrea Parente, destacou que, durante muito tempo, o setor de serviços foi o foco da inflação. Isso porque, mesmo durante a recessão, alguns preços continuaram a subir por serem mais difíceis de serem substituídos.
“O IPCA caía, subia, e serviços estavam sempre perto de 8% ou 9%. Foi o grupo mais resistente dessa desaceleração”, explicou. “O grupo de segmentos intensivos em mão de obra mais barata foi o primeiro a sentir os efeitos do mercado de trabalho. Além de terem custo menor, são um pouco mais fáceis de se abrir mão. É mais fácil trocar de manicure do que mudar a escola do filho ou substituir um médico de confiança”, completou a especialista.
Leia AQUI a íntegra da reportagem do jornal O Globo.