Inovação nas indústrias despencou durante governo Dilma
Parcela de empresas que realizou algum tipo de inovação caiu de 44,9% no último trimestre de 2015 para 37,6% em 2016
Com crescente queda no faturamento e sob o risco de fecharem as portas, as empresas têm deixado de investir em inovação, essencial para o aumento da eficiência de produção. Uma pesquisa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (2) revela que a parcela de companhias do setor industrial com mais de 500 funcionários que realizou algum tipo de inovação – para si ou para o mercado – caiu de 44,9% no último trimestre de 2015 para 37,6% entre janeiro e março de 2016.
O período coincide com o ápice da crise econômica, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. O deputado federal Caio Narcio (PSDB-MG) lamenta esse resultado e ressalta que a inovação é uma ferramenta fundamental para tornar as empresas mais competitivas e determinar o crescimento do país.
“Quando um país não compreende que ciência, tecnologia e inovação são fundamentais para atingir a verdadeira riqueza, ele está matando o seu potencial na raiz”, afirmou.
A sondagem feita pela ABDI mostra ainda que o nível de inovação atingido em 2016 é o menor desde que a pesquisa começou a ser feita, em 2010. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também identificou essa tendência, quando divulgou no ano passado que os investimentos em inovação caíram de 10,17% para 2,12% entre 2011 e 2014, últimos anos de referência do levantamento. Segundo o IBGE, a área mais afetada pela queda de investimentos em inovação foi a de serviços, especialmente nos setores de eletricidade e gás.
Para Caio Narcio, isso é também um sinal de que os empresários têm deixado o país há pelo menos dois anos, já que o ambiente de negócios tem vivido uma grande instabilidade.
“Aquele que tem capacidade para desenvolver e inovar acaba indo para outros países. Então, as melhores cabeças do país estão sendo exportadas para gerar conhecimento e inovação fora do Brasil. Se esse caminho não for revisto, vai levar o país a perder suas oportunidades de desenvolvimento econômico.”