Íntegra do discurso de Serra
Companheiros e companheiras:
Concorrer a Presidência da República é uma honra para qualquer político.Mas uma honra maior ainda é concorrer a presidência pelo PSDB.
Estou recebendo do meu partido algo muito especial : a mesma confiança que já foi depositada uma vez em nosso inesquecível Mário Covas e depois no nosso presidente Fernando Henrique Cardoso.
O PSDB é um grande partido, que mudou para melhor a vida do nosso povo.
É um partido que pode homenagear a memória de grandes brasileiros como Franco Montoro, Mário Covas, Sérgio Motta, Magalhães Teixeira, Vilmar Faria, Nélson Marchezan. Que partidos, que instituições no Brasil têm fundadores e militantes de tanta estatura para homenagear?
O PSDB é o partido que tem coragem. É um partido de administrações públicas bem sucedidas, tanto no plano nacional, quanto em estados e em municípios. Estão aqui os nossos Governadores, os nossos Prefeitos, que testemunham a nossa competência, a nossa fidelidade aos compromissos assumidos.
O PSDB não é um partido que joga com as esperanças populares. É um partido que mantém a sua origem e cumpre os compromissos que assume.
Por isso tudo, aceito com orgulho e emoção esta delegação dos militantes do meu partido.
Companheiros e companheiras:
Vou ser, como sempre fui, firme e dedicado no trato com essa honrosa delegação. Por isso começarei falando sinceramente o que penso, sem ambiguidades. As posições ambíguas só fazem gerar turbulências no período eleitoral.
Meu caro presidente, meus colegas de partido, correligionários , jornalistas: perante vocês e o Brasil vou falar dos meus compromissos. Todos devem saber o que farei e o que não farei como presidente da República.
Na campanha, meu primeiro compromisso é com a verdade.
Na política, só a verdade é democrática porque só ela pode permitir que a população faça suas escolhas sem ser enganada. E no Brasil sobram políticos que fazem questão de prometer o que não podem cumprir. Que escondem as suas posições que exageram na desgraça.
No passado, o começo dos anos sessenta e no começo dos anos noventa dois deles chegaram a ter sucesso. Mas, quanto engano e frustração e prejuízo trouxeram para o Brasil!
A verdade é uma arma da democracia e nesta campanha presidencial, como em toda minha vida, eu vou dizer sempre a verdade. Nós vamos levar essa verdade a todos os cantos do Brasil, todas as regiões, todos setores. Nas periferias, na universidade, nos sindicatos, nas entidades empresariais… No agreste, na Amazônia, nos pampas, onde for. Nossas idéias serão expostas e debatidas por todos. A população precisa conhecê-las , para fazer a sua escolha com segurança e dar segurança ao futuro do país.
Meu segundo compromisso é com o trabalho.
Vamos trabalhar muito na campanha e no governo. No Brasil, não faltam idéias. Não quero ser mal entendido: não é que não precisemos de idéias novas, precisamos sim. Mas, por si só, isso não basta.
Temos de saber tirar idéias do papel e ter vontade política para fazê-lo.
Ter competência para materializar os sonhos.
Ter persistência para fazer as coisas acontecerem, e depressa.
Por isso, na campanha e no governo não vai ser permitido, em matéria de medidas essenciais, o lero-lero do “fica pra depois“ , “agora é impossível“ , “neste momento é inviável…“
Companheiros e companheiras:
Tenho aqui ao meu lado um homem que, com a bandeira do nosso partido, devolveu ao Brasil a esperança. Despertou confiança e deu credibilidade ao governo. E a confiança e a credibilidade são as fontes de esperança…
No futuro, Fernando Henrique não será conhecido somente pela estabilidade que trouxe para a economia, derrubando uma superinflação de 15 anos.
Será conhecido também pelo avanço social que promoveu, na educação, na saúde, na proteção social e até na difusão da telefonia, antes um serviço de luxo para poucas famílias brasileiras.
Será conhecido pela reforma do Estado brasileiro, modernizando-o, tornando-o mais enxuto. Emagreceu o Estado para torná-lo mais musculoso, eficiente, capaz.
Será conhecido pela nova etapa que abriu no combate à corrupção, utilizando a arma da transparência, da cooperação com o Ministério Público e o Judiciário, da investigação rigorosa de irregularidades , dentro da lei.
O governo de Fernando Henrique negou a máxima antiga e reacionária segundo a qual o poder corrompe os homens. Não é assim. São homens, alguns homens, que corrompem o poder e Fernando Henrique tomou sempre as medidas para proteger o poder público do assédio desses homens.
Mais ainda, o governo de Fernando Henrique será lembrado como o governo da democracia, da tolerância, do respeito ao contraditório, e da liberdade. São os oito anos que afirmaram a estabilidade democrática no Brasil.
E como disse certa vez Tancredo Neves: “ é só por meio da liberdade que a esperança se converte em ação e as pessoas podem juntar seus sonhos, para fazer da vida a oração comum da alegria.“
Companheiros e companheiras:
Vou suceder ao presidente Fernando Henrique Cardoso sabendo que o Brasil quer ainda mais. Nós somos diferentes, mas nunca achamos que é ruim sermos diferentes. Por causa disto, dizem que vivemos brigando. Mas brigando juntos, há muitas décadas. Brigando em torno de um único tema, aquele que nos une definitivamente: como fazer o melhor para o Brasil?
Ele sabe que, para dar o melhor ao Brasil, não me contento nunca. Cobrei tanto dele nos últimos anos, que às vezes ele me chamava de chefe da oposição. Mas daqui alguns meses, vou cobrar dele o posto de chefe da minha oposição, e vamos ver como ele se sai no papel.
O Brasil se acostumou a esperar muito do PSDB. Retribuímos trabalhando muito pelo Brasil. Com o apoio da maioria dos brasileiros, conseguimos dar um rumo novo à Nação, na direção deste sonho.
Em circunstâncias normais, esta obra realizada no passado poderia ser o grande programa de um candidato. Mas o Brasil não admite esta hipótese, e com toda razão. O Brasil quer mais.
Se há algo que caracteriza o PSDB, é nunca se dar por satisfeito com o que já foi realizado. Por isso, nosso programa é mudar sempre.
Vai continuar sendo assim. E vai ser assim porque o Brasil precisa mais, que muito mais. O país não quer o continuísmo. O Brasil quer e precisa de continuidade nas mudanças.
Companheiros e companheiras:
Nosso programa de governo estabelece cinco objetivos fundamentais:
1. Diminuir as desigualdades sociais e as regionais, que não podem ser consideradas como produto do destino.
O progresso tem de ser para todos, ou será de ninguém. Ele não pode ser carro de luxo para alguns, nem tecnologia para privilegiados.
Nós vamos, no governo, criar a equipe social, com tanta força e status quanto a equipe econômica, cumprindo metas, integrando as políticas de educação, saúde, proteção social, reforma agrária, meio ambiente, habitação, saneamento. Chamando os estados, os municípios , a sociedade, as comunidades, as pessoas para participarem cada vez mais.
O lema “Ordem e Progresso“ da bandeira do Brasil, nunca significou nem pode significar que deveríamos ter o progresso para alguns e a ordem para os outros. Se o progresso não for para todos não haverá ordem para ninguém.
2. Em segundo lugar nós vamos acelerar o crescimento da produção e do emprego. Vocês podem anotar, podem gravar, podem filmar, para depois cobrar. Em meu governo o Brasil vai crescer, para gerar mais e melhorar os empregos. Vamos fazer o Brasil crescer para os brasileiros crescerem.
3. Em terceiro lugar, vamos garantir a estabilidade, a inflação baixa, o equilíbrio macroeconômico. Sem estabilidade, sem a casa arrumada, não teremos nem desenvolvimento sustentado, nem justiça, nem paz social. Vamos fazer mudanças com segurança. É o que o povo quer. É o que o Brasil quer.
4. Em quarto lugar vamos aprofundar a democracia, garantir a segurança pública e reforçar a defesa nacional.
Nós vamos criar novas oportunidades, para a população, para os jovens, para as famílias e para os idosos. Mas, tenhamos claro, acima do valor dessas oportunidades está o bem supremo que é a própria vida.
E, no entanto a vida, a integridade física e a liberdade de todas as famílias, ricas e pobres está sendo cada vez mais ameaçada. A violência indiscriminada aumentou, comandada pelo crescimento do tráfico de drogas e armas, com grupos organizados de criminosos que tentam estabelecer-se como poderes paralelos.
Vamos falar claro: a estrutura tradicional da segurança pública do Brasil não está preparada para enfrentar essa situação. Nem a estrutura, nem a cultura política estão preparadas para isso.
Agora, chegou a hora de dar uma resposta à altura do problema. O país não pode ser submetido às ordens e à intimidação de bandos criminosos. Sem o respeito às leis vigentes e às autoridades democraticamente constituídas, não há forma civilizada de convivência social que possa sobreviver.
Vamos criar um Ministério da Segurança para coordenar as ações preventivas contra o crime organizado, coordenando órgãos e iniciativas da União, Estados e municípios.
Como os bandidos agem por todo o país, o governo vai criar os instrumentos para caçar estes bandidos em todo o país. Vamos uniformizar informações, distribuí-las, coordenar os serviços policiais. E vamos triplicar os efetivos e o poder de fogo da Polícia Federal, para coibir o contrabando em nossas fronteiras, sobretudo de armas e drogas. O combate ao crime organizado tem que ser implacável e permanente.
Num mundo mais integrado e ameaçado por novas guerras e novas formas de guerra, é importante também, que nossas Forças Armadas melhorem seu equipamento e o treinamento de suas tropas para cumprir a missão constitucional de defender nossa soberania e nosso território.
Um país em paz e em crescimento, unido e soberano, da Amazônia aos pampas, do pantanal mato-grossense à plataforma marítima, este deve ser o compromisso de todos os brasileiros!
5. Nosso quinto objetivo será intensificar a atuação soberana do Brasil no cenário internacional, em defesa da paz, do desenvolvimento e do comércio sem discriminações e protecionismos.
Nós não vamos perder tempo discutindo se o Brasil deve ou não participar do processo de globalização. Esse debate é falso. Nós participamos e devemos continuar participando, mas junto com a globalização devemos pensar sempre, também na “localidade“.
O mundo continua sendo feito de nações soberanas, com suas diferenças e seus interesses próprios. Países que seguiram ou foram obrigados a seguia as certezas dos outros pagaram caro pela má escolha. Nós não daremos as costas ao processo de globalização, mas carregaremos em nossas mentes e mãos as nossas certezas.
Brasileiros e brasileiras:
As coisas no Brasil mudaram para melhor, mas o Brasil quer mais. Quando me despedi do Ministério da Saúde eu disse que havíamos feito muito mas faltavam mais coisas a fazer do que havíamos feito.
Isto vale para o conjunto das ações do governo nos últimos anos. Falta mais a fazer do que já foi feito. Mas foi feito muito. Só por isso podemos ser humildes.
Na vida pública a humildade só é atributo positivo, só é verdadeira, quando vem daqueles que deram o melhor de si para cumprir seu dever.
Os exemplos são numerosos. Quando começou o governo de Fernando Henrique, o Programa Saúde da Família atendia 1 milhão de pessoas. Quando fui para o Ministério da Saúde, atendia 5 milhões. Quando deixei o Ministério da Saúde, já eram 50 milhões. Mas ainda faltam 120 milhões. E vamos completar esse atendimento no nosso mandato, porque o Brasil quer mais.
Em relação ao nível de 1990, derrubamos a mortalidade infantil em 20 pontos percentuais. Hoje, ela está abaixo de 30, coisa que parecia ser um sonho até há pouco tempo. Mas ainda é muito alta e vamos ter de baixá-la em mais de um terço até 2006, pois o Brasil quer mais.
A economia brasileira cresceu, desde o Plano Real num ritmo quase 70 por cento acima do que cresceu nos 13 anos anteriores. Melhorou o desempenho? Muito. Mas está ainda 70% abaixo do que necessitamos, para gerar muito mais empregos. E vamos conseguir isso, elevar essa taxa porque o Brasil quer mais e sabemos como e o que fazer para atingir essa meta.
O governo de Fernando Henrique pôs todas as crianças no ensino fundamental, duplicou a porcentagem de jovens no ensino médio. Foi uma realização memorável. Mas a proporção de jovens no ensino médio, ainda é de apenas um terço do total. Temos de duplicá-la de novo. E teremos agora que colocar todas as crianças de 4 a 6 anos na pré-escola. O Brasil quer mais, quer mais escolarização, mais qualidade no ensino.
Nosso país é uma casa em construção. E para construir novos quartos e salas, erguer paredes, ampliar o teto, precisamos que a economia cresça mais.
Vamos fazer isso sem turbulência, sem sobressaltos, sem rompimento de contratos, sem mudanças nas regras do jogo.
Vamos exportar mais e substituir mais importações. Com isso, os juros vão cair, o capital vai continuar fluindo, mais investidores vão chegar.
Vou ser um presidente exportador, caixeiro viajante, o vendedor do calçado brasileiro, o passageiro do avião brasileiro, o lobista dos produtos agrícolas brasileiros. Sem nenhuma timidez vou ser o primeiro presidente a levar a sério a indústria do turismo.
Não conheço o significado das idéias de ser tímido com o interesse nacional ou evitar as lutas que fazem do país um país melhor. Faremos tudo para criar emprego. E só o emprego, que é a transformação de crescimento geral em crescimento pessoal, dará sentido à minha presidência.
Meus companheiros e companheiras:
Eu vou carregar a bandeira do partido. É uma bandeira feita do sonho de um país melhor, orgulhoso de si mesmo onde vivam pessoas com oportunidades reais para realizar seus projetos. Onde as diferenças não signifiquem desigualdades. Onde quem trabalha honestamente colhe os frutos de seu trabalho. Onde os filhos possam ter uma vida melhor que os pais.
Quero ser presidente porque quero unir o conhecimento com a ousadia. Quero ser presidente porque posso trazer a esperança com a experiência.
A esperança que move as pessoas, reclama delas não apenas a fé obstinada mas exige dos que estão na vida pública vontade política, competência e ação realizadora. Isto eu ofereço agora ao Brasil.
E o nosso povo não pede muito. Suas esperanças são simples. A esperança da ordem, a esperança do progresso, a esperança de que as oportunidades sejam para todos, que os principais problemas do país pelo menos comecem a ser resolvidos.
Eu aprendi isto desde cedo na vida. Não é apenas o senador e o candidato a presidente que vos fala hoje e agora.
Eu sou minha história.
Sou o filho único de uma família de imigrantes, educado na escola pública do bairro operário onde morava.
Sou também o filho de um homem e neto de outro que trabalhavam todos os dias do ano, sem domingo nem feriados. O trabalho era seu modo de vida.
Sou também, faz parte de mim , o garoto que convivia na escola e nas ruas com os filhos de outros migrantes, nordestinos que chegavam a São Paulo com o propósito de trabalharem duro, de sol a sol, para progredirem na vida, erguendo a riqueza do meu estado e do meu Brasil.
Foi aí que eu aprendi que o povo brasileiro não exige muito – quer trabalho e não folga, quer um mínimo de oportunidades e de segurança na vida, quer que os políticos e o governo o respeitem.
Também faz parte de mim o jovem voluntarista e agitador que aprendeu na família a importância de estudar e aprender na escola e nas ruas a importância de mudar o país, para que esta nação fosse de todos.
Sou também o professor universitário acostumado a estudar, a esclarecer e respeitar as idéias dos outros.
Sou também o secretário de economia e planejamento que ajudou o Franco Montoro a arrumar as finanças e as prioridades econômicas e sociais do Estado, aprendendo a procurar os meios para realizar os fins.
Sou também o parlamentar que aprendeu desde o primeiro mandato a valorizar o poder da razão, de persuasão e da formação de maiorias políticas.
Sou também o Ministro do Planejamento e do Orçamento que aprendeu a encarar as dificuldades para combinar os sonhos legítimos com as possibilidades de realizá-los. Que sempre soube que é preciso sonhar, mas ter os olhos bem abertos na hora de fazer.
Sou também o Ministro da Saúde que aprendeu a despertar as energias e o espírito de luta de um setor mal remunerado e até então com baixa auto-estima e baixo reconhecimento das elites e da população.
Por isso, por trás de cada idéia que apresento, de cada proposta que faço, de cada embate de que participo, está presente em cada etapa de minha vida, o que fui, de onde vim, do que vivi, pelo que lutei, o que aprendi.
Brasileiros e Brasileiras:
Vou repetir o que eu disse, para que ninguém se esqueça. Meus compromissos são claros.
O Brasil vai crescer.
Os brasileiros vão ter mais oportunidades pessoais.
A democracia vai ser mantida em sua plenitude.
Vou lutar duramente para aumentar nossas exportações, nossos empregos e a competência dos brasileiros.
O Brasil vai ser um país aberto para o mundo, mas vai empregar esta abertura para ser um país cada vez mais importante num mundo aberto e globalizado.
Os contratos vão ser respeitados, e não vai haver nem sobressaltos nem supresas. Comigo não tem calote, comigo não tem confisco.
A estabilidade duramente construída pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso vai continuar.
A mudança vai acontecer. E será uma mudança segura. Sem jogar fora os avanços conquistados.
Não terei o menor prurido para corrigir erros cometidos. Como dizia Juscelino Kubitschek, com erros não há compromissos.
Meus companheiros e companheiras:
A campanha eleitoral já transpira a expectativa do mundo inteiro pela decisão que a população brasileira vai tomar. O Brasil é um país importante mundial, e é inevitável, neste mundo globalizado, que todos se preocupem muito com o que fazemos. Nossa decisão sobre o futuro é crucial. Todos se perguntam se vamos continuar avançando ou vamos voltar à estaca zero.
Vivemos um momento importante. Estamos frente a uma oportunidade única, e não podemos deixá-la passar. A distância entre o acerto e o erro é muito pequena no mundo de hoje.
E esta é a hora da decisão. Estou pronto para ela. Toda minha vida me preparei para este momento. No passado, mesmo nas horas de maior dificuldade, que não foram poucas, nunca perdemos a confiança no futuro. E não será agora, na hora de dar um salto e aumentar a confiança dos brasileiros neles mesmos, que vamos deixar passar a oportunidade.
Por isso, o PSDB, com a força de todos nós, vai vencer.
Dizia um poeta e sábio da antiga Pérsia que, na vida,
“ Quatro coisas não voltam:
a flecha que parte,
a água que passa,
a palavra pronunciada
e a oportunidade perdida.“
Não vamos deixar esta oportunidade passar. Pelo Brasil, por nossos filhos, pelo nosso futuro.
A luta começa agora. Será uma luta vencedora, com a vontade e a paixão na voz, no corpo e na alma do nosso partido.
Até a vitória.
(Assessoria de Imprensa)