Janot sai em defesa de delações premiadas da Lava Jato
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu, nesta quinta-feira (11), o uso de delações premiadas na Lava Jato e afirmou que apenas 20% das colaborações que são usadas na operação foram feitas por presos. As declarações foram dadas durante um debate realizado pelo jornal Folha de S.Paulo e a Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas, na capital paulista.
“É bom que se tenha em mente, para evitar certos discursos que têm ocorrido, que nós celebramos, em primeiro grau e perante o Supremo, 74 acordos de colaboração premiada. Desses, 59 [beneficiaram] pessoas em absoluta liberdade”, disse Janot ao contestar críticas de que benefícios concedidos levariam o delator a cometer exageros para aliviar a pena.
Para o procurador, o “depoimento abre o caminho da investigação”. A delação premiada também foi defendida no evento pela professora de Yale Susan Rose-Ackerman. Referência no estudo da corrupção, ela ressaltou que é uma ferramenta necessária e que a colaboração com a Justiça nos Estados Unidos é adotada em variados formatos e não apenas em casos de corrupção.
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