Jornalista que ia cobrir manifestações é deportado da Venezuela
Brasília (DF) – Um jornalista espanhol, correspondente da rede alemã Deutsche Welle (DW), denunciou ter sido deportado da Venezuela, para onde viajou para cobrir manifestações contra e a favor do governo do presidente Nicolás Maduro, em mais um exemplo de intolerância e desrespeito pela liberdade de expressão praticado pela gestão de Caracas. Os protestos estavam previstos para esta segunda-feira (23). As informações são de reportagem publicada no portal da revista IstoÉ.
O jornalista Aitor Sáez contou em suas redes sociais que funcionários do Serviço Administrativo de Identificação, Migração e Estrangeiros (Saime) o declararam “inadmissível” ao aterrissar no aeroporto internacional de Maiquetía, que fica a 25 quilômetros de Caracas. De lá, ele foi envido pelas autoridades venezuelanas para Bogotá, na Colômbia. Vale destacar que o correspondente já havia feito cinco visitas anteriores à Venezuela, no período de um ano.
“Uma tristeza imensa por não poder estar onde deveria, na Venezuela fazendo meu trabalho”, escreveu Sáez em sua página no Twitter.
A denúncia do espanhol foi confirmada pelo maior sindicato de jornalistas venezuelano, que classificou a decisão como uma ameaça à liberdade de imprensa. “O governo insiste em silenciar a imprensa e isolar o país […]. Com o eufemismo de ‘inadmitido’, deporta Aitor Sáez”, declarou o Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa (SNTP).
No ano passado, foram registrados diversos incidentes similares envolvendo repórteres estrangeiros na Venezuela.
Leia AQUI a íntegra da reportagem da revista IstoÉ.