José Dirceu é condenado mais uma vez na Lava Jato e acumula 31 anos de prisão

O ex-ministro José Dirceu foi condenado novamente, nesta quinta-feira (8), pela Operação Lava Jato. A pena pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro será de 11 anos e três meses de reclusão em regime fechado. Em maio de 2016, o ex-ministro petista já havia sido condenado pelo juiz Sérgio Moro a 20 anos e 10 meses de reclusão. Somadas, as penas de Dirceu chegam a 31 anos de prisão.
Segundo reportagem do G1, outras quatro pessoas também foram condenadas nesta mesma ação penal. O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, que é irmão do ex-ministro, estão entre os condenados. Na sentença, Moro afirmou que existem provas de que Renato Duque passou a se dedicar à prática sistemática de crimes no exercício do cargo de diretor da Petrobras.
O deputado federal Adérmis Marini (PSDB-SP) elogiou o trabalho da Lava Jato e acredita que a operação seja o início de uma grande reforma na política brasileira. “No meu primeiro pronunciamento como deputado federal eu defendi a Lava Jato e vou continuar defendo projetos e leis que visem maior transparência, o combate à corrupção e controle da sociedade e do Ministério Público sobre atos e políticos”, destacou.
O tucano avaliou a condenação de Dirceu como um exemplo do que não deve ser feito no âmbito político e atribuiu a atual crise político-econômica aos erros cometidos durante os governos do PT.
“Essa história do Zé Dirceu demonstra que a classe política precisa de uma revisão e que a Lava Jato precisa passar o Brasil a limpo. O nosso país precisa alcançar um novo patamar na política, com mais transparência e mais legalidade dos atos. Os últimos exemplos que nós tivemos com o governo do PT foram desastrosos para economia do país, desastrosos no desenvolvimento social do Brasil e nos deixaram um legado de corrupção”, lamentou o parlamentar.
A ação penal que condenou Dirceu teve origem na 30 ª fase da operação que apurou irregularidades em contratos para o fornecimento de tubos para a Petrobras.
O ex-ministro petista já está preso desde agosto de 2015 no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele foi detido durante a 17ª etapa da operação, batizada de “Pixuleco”.
Condenado em outros três processos da Operação Lava Jato, Renato Duque está detido na carceragem da Polícia Federal (PF), na capital paranaense. Ele já acumula 30 anos de reclusão pelos crimes cometidos.
O irmão de Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, também já tinha sido condenado na Lava Jato.