Juventude do PSDB lança movimento “Vem que a UNE é nossa”

Lançado em março pela Juventude do PSDB com o objetivo de lutar contra o aparelhamento que tomou conta da União Nacional dos Estudantes (UNE) nos últimos anos, o movimento “Vem que a UNE é nossa” reúne, em diversos estados do Brasil, líderes estudantis tucanos e que têm como objetivo retomar a isonomia da principal entidade de defesa dos interesses dos estudantes brasileiros.
O movimento definiu cinco pontos centrais de sua atuação: devolver a UNE aos estudantes, retomar a sua isonomia, lutar contra o aparelhamento partidário, defender mais gestão e menos politicagem na atuação da entidade e buscar o real interesse dos estudantes brasileiros.
Segundo André Morais, tesoureiro nacional da Juventude tucana, o “Vem que a UNE é nossa” já está presente nas eleições para entidades estudantis em várias universidades do país. “O movimento é formado por líderes estudantis que compartilham a ideologia da social-democracia brasileira e que querem devolver à UNE aos estudantes”, ressaltou. Morais também salienta que outra importante luta do movimento será fazer com que as vozes dos estudantes do país sejam de fato ouvidas pela direção da UNE.
“Queremos melhorar o canal de diálogo com os estudantes, criar algum meio para saber o que a maioria dos estudantes realmente defende e que aproxime uma entidade geral, como é a UNE, dos anseios dos estudantes”, afirmou.
Aparelhamento
As manifestações do atual comando da UNE, sobretudo nas redes sociais, em apoio à greve geral realizada em diversas cidades do país na sexta-feira (28) e com críticas às reformas debatidas atualmente pelo Congresso são, para André Morais, mais uma prova do nível de aparelhamento da União Nacional dos Estudantes e da influência de partidos como PT e PCdoB no comando da entidade. Na avaliação do tucano, os atos apoiados pela UNE não são compatíveis com o real desejo dos estudantes do país.
“Isso mostra mais ainda a cara de pau da direção dessa da UNE ao não consultar a maioria dos estudantes, que continuam lutando para ir à Universidade, que querem ter prova, querem se informar. A UNE não consultou nenhum desses estudantes para saber se eles também iriam fazer greve, pelo contrário. Muitas universidades do país tiveram que instituir a greve e deixar de ter aula hoje com medo do que iria acontecer”, criticou.
Morais observa ainda as diferenças entre os atos apoiados pela atual administração da UNE, como a greve geral desta sexta, e as manifestações defendidas pelo PSDB, como as que lutavam pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
“Nos movimentos em que a gente estava inserido ano passado nós escolhíamos o domingo para não prejudicar a população, os estudantes, o povo. Eles escolhem uma sexta-feira para prejudicar e fazer baderna. Mais uma vez a UNE mostra que não representa o interesse estudantil”, analisou o tesoureiro da JPSDB.