Juventude do PSDB realiza ato em solidariedade ao povo venezuelano

Notícias - 28/07/2017

Membros da Juventude do PSDB realizaram, na noite desta sexta-feira (28), um ato em solidariedade ao povo venezuelano, que vem sofrendo as consequências das medidas ditatoriais do governo de Nicolás Maduro. Realizada em frente à embaixada da Venezuela, em Brasília, a manifestação contou com uma oração em respeito aos mais de 100 venezuelanos que foram mortos durante protestos contra o líder chavista.

O ato convocado pela Juventude tucana foi realizado apenas dois dias antes da eleição da Assembleia Nacional Constituinte, ideia que vem sendo alvo de uma série de protestos na Venezuela e de críticas de organizações internacionais. Com a medida, Maduro poderá dissolver o Parlamento – atualmente de maioria opositora – e ditar novas leis para o país.

Presidente da Juventude do PSDB, André Morais acredita que os brasileiros, mesmo distantes da dura realidade vivida na Venezuela, não podem se omitir diante das inúmeras violações ao Estado democrático cometidas por Maduro. Para o tucano, a Assembleia Constituinte convocada pelo ditador representa um “golpe” para o povo venezuelano e a “morte” da democracia no país.

“Vamos estar sempre atuantes, lutando pelos direitos de todos os jovens, não só brasileiros, mas de toda a América Latina. Num momento como esse, é inadmissível, em pleno século 21, a gente admitir, aqui do lado de casa, um regime totalitário, um regime ditatorial”, ressaltou Morais.

O tucano lembrou ainda o apoio histórico do PT aos governos de Hugo Chávez e Nicolás Maduro. “Lula incentivou isso. É isso que o PT incentiva: opressão, repressão, barbárie. Nós não podemos, jamais, permitir que isso aconteça no nosso país e em países vizinhos. A gente quer, cada vez mais, países livres, jovens livres e, principalmente, a democracia intacta. É por isso que a gente luta a cada dia, por uma democracia forte, não só no nosso país, mas em toda a América Latina”, salientou.

Além dos membros da Juventude do PSDB, o ato desta sexta-feira contou com a presença do venezuelano Alberto Palombo, engenheiro que vive no Brasil há 15 anos. Para ele, o regime de Maduro é ilegal e vem violando constantemente a constituição, em especial os artigos relativos aos direitos humanos.

“Estamos em uma situação em que o regime de Maduro já virou um governo foragido. Não temos alimentos na Venezuela, não temos medicamentos, os hospitais não estão funcionando, nós temos maternidades com todos os tipos de desafios e problemas, a mortalidade infantil tem se multiplicado muito acima dos padrões recomendados pela Organização Mundial da Saúde e as Nações Unidas”, lamentou o venezuelano, que visita sua terra natal de três a quatro vezes por ano.

Palombo, que agradeceu o apoio dos tucanos ao povo venezuelano, também criticou duramente a convocação da Assembleia Constituinte, lembrando que a Constituição que está sendo violada havia sido elaborada pelo governo de Hugo Chávez, antecessor e principal mentor de Maduro.

“O governo agora vem com uma proposta de Assembleia Constituinte, quando o já falecido presidente Chávez já havia dito que essa era a ‘melhor Constituição do mundo’, que respeitava os direitos dos venezuelanos e não estava servindo a nenhum interesse pessoal ou de alguma corrente política dentro do país. Esta mesma Constituição é a que está sendo violada por eles mesmos, pelos que se chamam de seguidores de Chávez”, lamentou Palombo.

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28/07/2017