Lava Jato alcança Banco do Brasil e apura corrupção em contratos de R$ 150 mi
O grande esquema de corrupção desmontado pela Operação Lava Jato na Petrobras pode ter ramificações no Banco do Brasil. A força-tarefa da operação da Polícia Federal investiga o pagamento de propinas em contratos de fornecimentos de software e serviços de informática à instituição financeira que ultrapassam os R$ 150 milhões, como revela reportagem publicada nesta segunda-feira (1) pelo jornal Estado de S. Paulo.
Documentos obtidos pela Polícia Federal indicam que a empresa Credencial Construtora, Representações e Participações, que já estava na mira dos investigadores por corrupção em contratos da Petrobras, pode ter recebido percentuais de até 10% nos negócios com o banco, fechados entre 2008 e 2010 – período de governos do PT na Presidência da República. Essa é a primeira frente da operação que investiga contratos do Banco do Brasil desde que a Lava Jato foi deflagrada, em 2014.
Os contratos do Banco do Brasil com as empresas Ação Informática Brasil, PBTI Soluções e CTIS Tecnologia estão sob apuração desde junho. Essas empresas passaram a ser investigadas assim que a força-tarefa identificou pagamentos feitos por elas para a empresa Credencial, cujos donos são acusados também de repasses de valores comprovados para o ex-ministro da Casa Civil no governo Lula, José Dirceu, preso em Curitiba.
Para o deputado federal Fábio Sousa (PSDB-GO), essa é a prova de que nenhuma das principais instituições públicas do país foram isentas de esquemas de corrupção promovido pelo PT.
Fábio Sousa acredita que tais desdobramentos devem manter a Operação Lava Jato em atividade por bastante tempo. “Quem acha que a Lava Jato está morrendo ou vai acabar, mesmo que ela chegue ao final do seu processo investigatório, é bom lembrar que vão surgir várias outras filhas da Lava Jato, vários outros processos que saíram de alguma investigação da própria Lava Jato. E essa do Banco do Brasil, se confirmadas as suspeitas, é mais uma prova disso.”
As suspeitas levaram o Conselho Diretor do Banco do Brasil a determinar a realização imediata de auditoria interna dos principais contratos da área de tecnologia firmados em 2008.
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