Lava Jato: Investigadores acreditam que desvios no BNDES financiavam atividades de Lula
Após virar réu na Lava Jato por tentativa de obstrução à Justiça, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltará a ser o centro das investigações da operação. De acordo com matéria da revista Istoé, uma equipe da força-tarefa passará, nas próximas semanas, a dar prioridade às apurações sobre financiamentos feitos pelo BNDES às empreiteiras envolvidas nos desvios de dinheiro da Petrobras, que ficou conhecido como “petrolão”. Procuradores têm indícios de que parte do dinheiro desviado em empréstimos concedidos pelo banco para obras no exterior foi usada para bancar entidades comandadas pelo petista.
Segundo a revista, depoimentos prestados por executivos de várias construtoras na mira da Lava Jato revelam que parte destes financiamentos foi obtida mediante pagamento de propinas – uma espécie de contrapartida ao tráfico de influência praticado pelo ex-presidente no exterior. Membros da força-tarefa ouvidos pela Istoé afirmaram já dispor de indícios suficientes para acreditarem que, além de ajudar a bancar campanhas petistas, o dinheiro desviado teria sido usado para financiar o instituto comandado por Lula, por meio de palestras. A Lava Jato pretende recorrer ao Judiciário para ter acesso aos contratos e transações realizadas entre o BNDES e as empreiteiras, que estão sob segredo de Estado.
Obstrução à Justiça
O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília, transformou em réu o ex-presidente Lula por tentativa de obstrução à Justiça por tentar comprar o silêncio do ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró. Também foram indiciados o ex-senador petista Delcídio Amaral (agora sem partido) e seu ex-chefe de gabinete Diogo Ferreira, o banqueiro Andre Esteves, o advogado Edson Ribeiro, o pecuarista José Carlos Bumlai e seu filho Maurício Bumlai.
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