Lava Jato recusa delação de ex-diretor da Odebrecht suspeito de encobrir crimes de Lula

Imprensa - 11/10/2016

pf-cumpre-mandado-de-prisao_odebrecht-foto-tania-rego-agencia-brasilA proposta de acordo de delação premiada do ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar foi negada pelos procuradores da Operação Lava Jato e da Procuradoria-Geral da República. De acordo com matéria do jornal Folha de S.Paulo desta terça-feira (11), há indícios de que o executivo estaria protegendo personagens que são alvos de seus depoimentos, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa é a segunda vez que as declarações de Alencar são consideradas insatisfatórias pelos procuradores.

Investigadores ouvidos pela Folha afirmaram que ele é um dos diretores da empreiteira mais próximos do petista e, por este motivo, não tem colaborado com conteúdo mais incisivo sobre as práticas criminosas que envolveriam o petista. Segundo o jornal, o ex-diretor insiste em dizer que Lula fez realmente as palestras pagas pela Odebrecht – no entanto, para os investigadores, algumas não foram realizadas e ainda há indícios de casos de superfaturamento.

Outros empecilhos também emperraram as negociações para a delação, como as obras de benfeitorias no sítio de Atibaia (SP), que o empreiteiro nega terem sido uma contrapartida a contratos com os governos petistas, e sim “agrados” pela atuação do ex-presidente a favor do grupo baiano. Outro atrito estaria na versão contrária de Alencar à hipótese dos investigadores sobre a empresa Exergia Brasil, do sobrinho da primeira mulher de Lula, Taiguara Rodrigues – alvo da Operação Janus, que apura irregularidades no financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) para obras da Odebrecht em Angola. Ele confirmou que a empresa foi contratada a pedido do ex-presidente, mas negou que os serviços não tenham sido realizados.

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11/10/2016