Ligado a Dilma, diretor da Eletrobras é conduzido coercitivamente pela PF para depor
Brasília (DF) – O engenheiro Valter Cardeal, diretor licenciado da Eletrobras, foi alvo de um mandado de condução coercitiva nesta quarta-feira (06), em Porto Alegre. Próximo à presidente afastada Dilma Rousseff, com quem trabalhou durante o período em que a petista foi secretária de Energia do Rio Grande do Sul, entre 1993 e 1994, Cardeal foi levado até a Superintendência da Polícia Federal, mas não respondeu às perguntas dos investigadores.
As informações são de reportagem publicada nesta quinta-feira (07) pelo jornal O Estado de S. Paulo. O nome de Cardeal surgiu nas investigações da Operação Lava Jato pela primeira vez em 2015, na delação do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC. O engenheiro foi citado como “pessoa da Dilma”. Ele está afastado da diretoria da Eletrobras desde então.
Vale lembrar que Cardeal chegou ao governo federal após a petista assumir o Ministério de Minas e Energia, no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em entrevista, o procurador Lauro Coelho Jr. afirmou que as investigações ainda não chegaram a uma conclusão sobre a função de Valter Cardeal no esquema de Angra 3. No entanto, existem indícios de que o engenheiro estaria envolvido no pedido e pagamento de propina para funcionários da Eletronuclear, que recebiam recursos indevidos, e para o “núcleo político”.
Além da condução coercitiva, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em um endereço residencial ligado a Valter Cardeal. Foram apreendidos documentos e computadores.
Leia AQUI a íntegra da matéria publicada pelo Estadão.