Luislinda Valois é nomeada ministra de Direitos Humanos do governo Temer
“O governo do presidente Temer está voltado exatamente para as questões sociais, raciais, de um modo geral. Para mim, só aumentou a responsabilidade”
Brasília (DF) – A desembargadora Luislinda Valois (PSDB) foi nomeada, nesta quinta-feira (2), ministra dos Direitos Humanos. A tucana disse que a nomeação de uma mulher negra para o alto escalão do governo Temer mostra que atual gestão está determinada a transformar as questões sociais em prioridade.
“O governo do presidente Temer está voltado exatamente para as questões sociais, raciais, de um modo geral. Para mim, só aumentou a responsabilidade. Mas eu não sei fugir da responsabilidade, sempre estou pronta para cumprir a minha missão. Principalmente vindo das pessoas que indicaram o meu nome, como o senador Aécio Neves, o ministro Alexandre de Moraes, da Justiça e Cidadania, o próprio presidente da República”, afirmou.
A ministra disse que vai se empenhar para garantir que os direitos humanos tenham lugar de destaque nas políticas do governo, em vez de serem relegados ao segundo plano como foram durante os 13 anos de gestão petista.
Emoção
“É algo que não sei nem descrever. Quem sou eu? Sou filha de uma lavadeira e de um motorneiro de bonde. Agora, eu procuro ser competente, dedicada e não jogo a oportunidade fora. Com essa nomeação, vou cumprir minha missão com a competência e a dedicação que sempre levei adiante no meu viver. Meus pais me disseram ‘competência, honestidade e caráter andam juntos’, e eu não me afasto desses três itens”, ressaltou Luislinda.
“Não vou me envaidecer. Vou procurar me doar muito mais porque nesse Brasil muito do foi feito foi puro marketing, que se fez durante anos. Agora, práticas e ações foram muito poucas”, completou a tucana.
Natural de Salvador, Luislinda Valois se tornou, em 1984, a primeira mulher negra do Brasil a alcançar o cargo de juíza. Desembargadora aposentada do Tribunal de Justiça da Bahia, é filiada ao PSDB desde 2013. É militante pelos direitos dos homossexuais, das religiões de matriz afro e das vítimas do tráfico de pessoas. Membro da Executiva Nacional do partido e autora dos livros “O negro no século 21” e “Negros pensadores do Brasil”, Luislinda recebeu o título de embaixadora da paz em 2012.