Luislinda Valois quer investigação de massacre no Pará

A ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois, defendeu, nesta sexta-feira (26), que a investigação do massacre de dez sem-terra, em Pau D´Arco, no sudoeste paraense, seja controlada pelos órgãos públicos de Marabá, cidade a 426 quilômetros de distância que concentra delegacias especializadas em assassinatos no campo, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
Os peritos de Marabá e Parauapebas só chegaram à área do crime depois que policiais do município de Pau D´Arco tinham retirado os corpos. “Não podemos deixar que a coisa transcorra de qualquer maneira”, afirmou a ministra. “A perícia tem de ser feita com muito empenho e dedicação.”
O massacre dos sem-terra ocorreu na manhã da última quarta-feira durante uma reintegração de posse da Fazenda Santa Lúcia. Entidades de direitos humanos reclamaram que a ação foi pedida pela Justiça à Polícia Militar lotada no município, sem experiência em despejos. Famílias dos sem-terra mortos disseram que os agentes chegaram atirando, negando versão de que houve confronto.
Uma equipe do Ministério dos Direitos Humanos foi enviada ao Pará para acompanhar as primeiras informações e levantamentos sobre o massacre. “A situação é vexatória, constrangedora e inadmissível. Em pleno século XXI, essa situação não pode ocorrer”, disse Luislinda Valois. “Como ministra, como cidadã e como ser humano não posso aceitar o que ocorreu. Ninguém pode aceitar”, disse.
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